13 MESES DEPOIS

Justiça autoriza sete investigações criminais contra o prefeito David Almeida

Entre os pontos levantados pelo MP, estão viagens internacionais feitas por David Almeida, supostamente com recursos públicos

Doralice Soriano, Repórter do EM OFF

A Justiça do Amazonas autorizou a abertura de sete investigações criminais contra o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante). As apurações, que tramitam sob sigilo, envolvem suspeitas de irregularidades em contratos públicos, viagens internacionais e uso de recursos da Prefeitura. A decisão representa um novo e delicado capítulo na gestão do chefe do Executivo municipal.

De acordo com informações divulgadas pelo G1 Amazonas, o Ministério Público do Estado solicitou as investigações após reunir indícios de práticas que podem configurar crimes contra a administração pública. A Justiça acatou o pedido e determinou a abertura de sete procedimentos distintos, que agora seguem em fase de coleta de provas e oitivas.

Entre os pontos levantados pelo MP, estão viagens internacionais feitas por David Almeida, supostamente com recursos públicos, além de contratos considerados suspeitos firmados pela Prefeitura de Manaus. As investigações devem apurar a origem dos pagamentos, a legalidade dos processos licitatórios e o eventual envolvimento de assessores e empresários ligados à gestão.

Em nota, a assessoria do prefeito afirmou que ele “não tem nada a esconder” e que irá “colaborar com as autoridades competentes para esclarecer todos os fatos”. Até o momento, David Almeida segue no cargo e ainda não há decisão judicial que determine afastamento ou medidas cautelares.

O caso tem repercussão política imediata, já que o prefeito é um dos principais nomes cotados para disputar as eleições de 2026 no Amazonas. A abertura das investigações ocorre em meio a um cenário de tensão entre o Executivo e parte da Câmara Municipal, além de críticas da oposição sobre suposta falta de transparência na gestão.

As sete investigações criminais contra o prefeito de Manaus serão conduzidas sob supervisão do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e do Ministério Público do Estado (MP-AM). Ambas as instituições afirmaram que as apurações correm em sigilo para preservar o andamento dos trabalhos.