Durante a coletiva de imprensa do SBT nesta quinta-feira (15/5), o clima esquentou quando Luiz Bacci, novo contratado da emissora, precisou esclarecer o nome de seu novo programa: Alô Você. O título levantou comparações imediatas com o Alô Juca, apresentado por Marcelo Castro, jornalista investigado por envolvimento em um suposto esquema de desvio de doações.
Marcelo, que atualmente integra o time da TV Aratu (afiliada do SBT na Bahia), foi acusado de liderar uma organização criminosa que teria se aproveitado da vulnerabilidade de famílias em situação de pobreza entre 2022 e 2023, período em que ainda atuava como repórter na Record.
“Não tem nada a ver”, diz Bacci
Ao ser questionado sobre a semelhança entre os nomes das atrações, Bacci não disfarçou o desconforto e fez questão de se desvincular da polêmica:
“Assinei o contrato na sexta-feira passada, não estava escondendo o jogo. Os programas não têm nada a ver. Não é da mesma linha editorial. A gente parabeniza o sucesso do Alô Juca, mas não tem nada parecido com a linha editorial”, disparou o apresentador.
A afirmação deixou claro que Bacci não quer ver seu nome associado a qualquer referência que remeta ao escândalo envolvendo o ex-colega de emissora.
Retorno com expectativas
Luiz Bacci volta ao SBT 15 anos após trocar a casa pela Record, onde consolidou sua carreira como âncora de programas populares. Agora, no comando do Alô Você, que estreia dia 26 de maio às 11h, ele promete uma atração com mistura de informação, emoção e leveza:
“A hora do almoço é um horário diferente, que cabe todos os tipos de conteúdo. Não podemos fugir do factual, mas pode ter humor, ter matérias de mistério.”
O apresentador também reforçou seu desejo de contribuir com a nova fase do SBT:
“É um resgate do DNA do SBT. Você pode contar uma história triste, mas dar uma lição. Embora eu tenha saído há tanto tempo, as pessoas falavam que eu era a cara do SBT.”
Saída sem despedida
Bacci também relembrou sua saída da Record, ocorrida em janeiro. Em participação no Domingo Legal, ele revelou ter se sentido magoado por não ter tido a chance de se despedir:
“Queria ter conversado pra engrenar a próxima história, mas não quiseram essa conversa. Fiquei muito chateado por não ter despedida. Foram 17 anos, é a casa que me construiu como jornalista.”