O empresário e influenciador Shayan Haghbin, conhecido por sua participação em A Fazenda (Record) e Casamento às Cegas (Netflix), tem usado as redes sociais para alertar seus seguidores sobre a escalada do conflito entre Israel e Irã, que começou oficialmente na noite de quinta-feira (12/6).
Aos 34 anos, Shayan é iraniano e possui quase toda a família vivendo em Teerã, capital do país. Em conversa com a coluna Fábia Oliveira, ele revelou estar angustiado com a dificuldade de comunicação com os parentes e com o cenário de tensão crescente.
“Tenho familiares lá, praticamente toda minha família — meus irmãos, irmãs, sobrinhos… Estou desesperado e pedindo ajuda às autoridades mundiais para pararem essa guerra”, declarou.
“Eu tento conversar pelo menos uma vez por dia com eles, mas lá está sem internet. Ligação direta também não conecta”, lamentou.
Medo generalizado
A tensão aumentou ainda mais após declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Segundo a rede americana CBS, Trump teria aprovado planos para atacar o Irã, além de publicar ameaças em redes sociais. Para Shayan, a situação é insustentável.
“Trump avisou para as pessoas saírem de Teerã, já que ele pode atacar. Isso é impossível! Como sair de uma cidade com 14 milhões de habitantes?”, questionou o influenciador.
Shayan ainda descreveu o cenário de colapso vivenciado pelos iranianos:
“As pessoas estão sem dinheiro, sem gasolina, algumas estradas foram atingidas. E os idosos? As crianças? Quem está no hospital? Como essas pessoas vão sair?”, argumentou.
Crítica ao conflito
Ao final do desabafo, o influenciador condenou a motivação por trás da guerra.
“Essa guerra é por poder. Não existe guerra para libertar povo nenhum. Uma bomba não separa civis de militares. Isso é um desastre que está acontecendo no Irã. Estão morrendo pessoas que, na maioria, são contra decisões e atitudes do regime.”
O que se sabe até agora:
- O confronto começou após bombardeios de Israel em alvos no Irã, supostamente relacionados ao programa nuclear do país.
- O Irã retaliou lançando mísseis sobre cidades como Tel Aviv, Jerusalém e Haifa.
- Mais de 240 pessoas já morreram nos dois países, segundo autoridades. O grupo Human Rights Activists estima ao menos 585 mortes no Irã.
- Os Estados Unidos reforçaram a presença militar no Oriente Médio.
- Trump afirmou saber o paradeiro do líder supremo Ali Khamenei e escreveu que “não o mataria por enquanto”.
Enquanto a guerra avança, civis como os familiares de Shayan seguem reféns de decisões políticas que colocam milhões de vidas em risco.