A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, teve sua morte confirmada nesta terça-feira (24/06) após sofrer um acidente durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A publicitária, que realizava um mochilão pela Ásia desde fevereiro, caiu em uma ribanceira e permaneceu quatro dias em uma área de difícil acesso, sem água, comida ou proteção contra o frio.
A tragédia mobilizou as redes sociais e causou comoção nacional, mas o desfecho foi o pior possível. Segundo a família, Juliana foi localizada sem vida por equipes de resgate que só conseguiram alcançá-la após dias de condições climáticas adversas e falhas logísticas nas operações.
O acidente ocorreu na sexta-feira (20/06), por volta das 19h no horário de Brasília. Juliana estava em um grupo de turistas com um guia local quando caiu cerca de 300 metros abaixo da trilha. De acordo com relatos da irmã, Mariana Marins, a jovem estava cansada e teria ouvido do guia: “então descansa”, antes dele seguir sozinho — versão que o condutor nega.
Na mesma noite, turistas espanhóis que estavam no local conseguiram localizar Juliana com um drone e avisaram familiares pelas redes sociais. A confirmação da identidade veio pelas roupas, já que Juliana usava jeans, camiseta e tênis, mas estava sem agasalho ou óculos, essenciais por causa da sua miopia severa.
No sábado (21/06), equipes de resgate chegaram a fazer contato com Juliana e tentaram lhe fornecer comida e água, mas o terreno extremamente íngreme impediu a retirada. A família, angustiada, começou uma mobilização nas redes, cobrando agilidade e suporte internacional.
Já no domingo (22/06), a situação se agravou. As buscas foram oficialmente suspensas por causa da neblina e do clima considerado “inóspito” pelo Parque Nacional Gunung Rinjani. Novas equipes foram enviadas apenas na segunda-feira (23/06), quando o uso de drones térmicos foi confirmado.
Na terça-feira (24/06), o pior veio à tona. Apesar de três estratégias de resgate previstas e o fechamento das trilhas para priorizar a operação, Juliana foi encontrada sem vida em um penhasco, a cerca de 500 metros de profundidade. A família divulgou a notícia com pesar por meio de uma nota pública, agradecendo as orações e o apoio.
Fim da viagem
Juliana Marins estava na reta final de uma viagem pela Ásia que incluiu passagens pelas Filipinas, Tailândia e Vietnã. Ela tinha planos de voltar ao Brasil após a aventura, mas sua jornada terminou em tragédia. A repercussão do caso reacendeu o alerta sobre a segurança em trilhas internacionais e a responsabilidade das agências de turismo em situações emergenciais.