A Polícia Civil prendeu, na última quarta-feira (17), Genilson, de 26 anos, após investigar mais de 100 Boletins de Ocorrência relacionados a golpes de consórcio imobiliário em Manaus. Desde o início das apurações, os investigadores identificaram um padrão de atuação que chamou a atenção pelo alto número de vítimas e pelo volume de prejuízos causados.
De acordo com a polícia, Genilson anunciava imóveis na internet e, em seguida, garantia aos interessados a contemplação em até 30 dias. No entanto, para avançar com a suposta negociação, exigia uma entrada que variava entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Logo após receber o dinheiro, ele rompia o contato com as vítimas e deixava de cumprir o que havia prometido.
Como resultado, os prejuízos financeiros chegaram a valores entre R$ 10 mil e R$ 100 mil por pessoa. Até agora, mais de 100 vítimas já procuraram a polícia para registrar ocorrência, mas os investigadores acreditam que esse número seja ainda maior, considerando a quantidade de denúncias em análise.
Segundo a delegada responsável pelo caso, o suspeito já acumula centenas de boletins de ocorrência e processos na Justiça, inclusive na esfera cível. Em outro momento, a polícia chegou a solicitar a prisão preventiva, porém a Justiça não deferiu o pedido naquela ocasião. “Ele conseguia fechar negócios e os boletins de ocorrência começaram a se multiplicar, chamando nossa atenção. Ao pesquisar no sistema, verificamos mais de 100 registros contra essa pessoa, além de inúmeros operandi”, afirmou a delegada Roberta Merly.
Ainda conforme a investigação, as vítimas iam até o escritório do suspeito acreditando que receberiam o imóvel rapidamente. “O cliente entrava em contato com o escritório, ia até o local e, no ato da negociação, ele prometia que seria contemplado em no máximo 30 dias. Para isso, o cliente precisava efetuar um pagamento de entrada, que variava entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Esse valor era vendido como garantia de contemplação, mas tudo não passava de fraude”, explicou a delegada. Agora, com a prisão de Genilson, a polícia intensifica as investigações para identificar a equipe que atuava com ele e apurar possíveis ligações com estelionatários de outros estados.
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