A situação nas escolas rurais de Manacapuru voltou a chamar atenção depois das denúncias envolvendo a EMEF São Francisco do Paratarizinho. Agora, a EMEF Nossa Senhora da Conceição, na comunidade Paraná do Mundurucus, enfrenta um cenário ainda mais grave. Moradores relataram que parte do teto da unidade desabou durante as aulas, atingindo a área onde as crianças estavam e, por muito pouco, a situação não terminou em tragédia.
Nos vídeos enviados à redação, a estrutura aparece completamente comprometida. Telhas quebradas e partes do prédio cedendo revelam o risco diário de novos desabamentos, enquanto alunos e profissionais seguem expostos ao perigo. Além disso, o terreno da escola permanece tomado pelo mato alto, o que favorece o aparecimento de cobras, escorpiões e outros animais peçonhentos.
Pais e responsáveis afirmam que nenhum servidor da Prefeitura de Manacapuru realiza a limpeza do local. Por isso, a própria comunidade organiza mutirões para roçar o espaço, mesmo sabendo que essa responsabilidade deveria caber ao poder público. Paralelamente, a merenda escolar chega pela metade e, muitas vezes, em quantidade insuficiente. Café, açúcar, arroz, feijão e frango aparecem entre os itens entregues de forma irregular, o que deixa crianças parte do dia sem alimentação adequada.
— Neto Maciel (@eunetomaciel) December 4, 2025
POPULAÇÃO DETONA PREFEITURA:
Outro ponto reforçado por moradores envolve a suposta apropriação irregular de terrenos pertencentes à escola, repetindo o que ocorre em outras comunidades. Áreas públicas que deveriam servir à educação estariam sendo usadas de forma particular, sem fiscalização da gestão da prefeita Valcileia Flores e do secretário de Educação, Adanor Porto. Enquanto isso, as redes sociais oficiais da Prefeitura exibem uma imagem de avanços que, segundo os moradores, não combina com o medo constante de novos desabamentos.
Por fim, eles ainda alertam que o forro da escola abriga morcegos, que podem transmitir doenças graves como a raiva. Para quem vive no Paraná do Mundurucus, a segurança das crianças depende de respostas urgentes — e não de discursos desconectados da realidade.

