Encontrar alimentos mofados em casa pode ser extremamente frustrante, mas existem casos específicos em que é possível evitar o desperdício e estes alimentos podem ser salvos. Nestes casos, eles podem ser consumidos sem prejuízos à saúde. Isso acontece porque o problema não é tanto o mofo, mas sim as micotoxinas liberadas por alguns fungos.
O biomédico Roberto Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria, explicou em entrevista ao jornal Metrópoles, que alguns alimentos são mais resistentes do que outros. “As micotoxinas que não são visíveis a olho nu podem provocar uma intoxicação alimentar. Comer algo contaminado com essas micotoxinas pode até levar à morte”, pontua.
Figueiredo preparou uma lista dos alimentos que não devem ser descartados. Entre as frutas e verduras, ele destaca a cenoura, pimentão, mamão e abacaxi como exemplos de frutas e legumes com características que dificultam a proliferação de micotoxinas. Nestes casos, há a possibilidade de aproveitamento.
Existem alguns queijos que também podem ser consumidos mesmo com o aspecto mais envelhecido. “Existem queijos em que o fungo faz parte da produção, como gorgonzola e minas. Nestes casos, está tudo bem remover o mofo para comê-lo. Foi comprovado que este mofo não é micotoxigênico”, explica Dr. Bactéria.
Por outro lado, há alimentos com mofo que devem ser jogados fora imediatamente, como os pães. “O microrganismo é penetrante e não dá para saber até onde a toxina chegou. Portanto, não é seguro comer pão nessas condições, mesmo depois de remover o mofo”, alerta. O iogurte também deve ser descartado.
Os alimentos em compota também devem ser jogados fora, quando se perceber quem não estão em bom estado. “Existem alimentos que não conseguem impedir a contaminação. A compota é um deles. Quando o mofo aparece no produto, esqueça. (…) Não há como salvá-la”, explica. Conhecer essas informações pode ajudar a evitar possíveis intoxicações alimentares e garantir uma alimentação mais segura e saudável.