Não é todo mundo que se dispõem a encarar um banho gelado, muito menos se ele for nas primeiras horas da manhã, principalmente agora que estamos no inverno. E a experiência, de fato, nem sempre é agradável, a depender das temperaturas da cidade em que se vive. No entanto, estudiosos afirmam que tomar banho de água gelada pode ser positivo e ajudar no bem-estar.
A especialista em desenvolvimento humano e pessoal, Gisele Hedler, explica que o contato com a água fria é capaz de ativar algumas partes do cérebro que ajudam a lidar com a dor, além de proporcionar bem-estar geral. “A exposição ao frio estimula essa parte do cérebro, melhorando o humor e auxiliando na adaptação aos estressores da vida”, relatou ao Sport Life.
A profissional relata que banhos frios são usados como terapia desde os primórdios. Segundo Hedler, é como se o frio fosse um gatilho para que o corpo executasse funções essenciais para nosso bem-estar emocional. “O sistema simpático nervoso acionado em situações de perigo ou durante um exercício físico não é totalmente involuntário, como se acreditava até pouco tempo atrás”, acrescentou.
Estudo sobre banho gelado
Para comprovar os benefícios de tomar banho gelado, já foram realizados estudos pelo mundo. Uma pesquisa feita na Holanda mostrou que as pessoas que tomavam banho frio tinham uma probabilidade menor de faltar no trabalho devido a doenças, em comparação com sujeitos que tomavam banho quente.
Para a realização do estudo, uma turma de mais de três mil pessoas foi dividida em grupos de quatro e orientada a tomar banho quente todos os dias. Os estudiosos pediram a um dos pesquisados que encerrassem o banho após 30 segundos de água fria. Outro com 60 segundos e o terceiro com 90 segundos. Já o grupo de controle desfrutou sem limites do banho quente.
Ao final do período de acompanhamento de três meses a equipe de estudiosos percebeu que os grupos que tomaram banho gelado tiveram queda de 29% nas licenças médicas do trabalho. “Isso significa que haverá um fluxo maior de sangue sendo movimentado para os seus órgãos. E que, além disso, terão mais nutrientes para trabalhar e assim serão capazes de funcionar com maior eficiência”, finalizou Gisele Hedler.