O “Tech neck” ou “pescoço tecnológico” é um tipo de deformidade provocada pelo abuso no uso de celulares e smartphones. De acordo com uma pesquisa realizada pela YouGov, cerca de 53% dos usuários de celulares se sentem ansiosos quando não podem usar seus smartphones. No mesmo estudo, mais da metade dos entrevistados respondeu que nunca desliga seus telefones.
O neurocirurgião Antônio Araújo, em entrevista ao portal Terra, explicou esse vício pode trazer problemas à saúde. “O vício em tecnologia, que é bastante comum e vem crescendo, pode agravar ou até mesmo causar problemas na coluna cervical, gerando dores e outros malefícios. Afinal, a pessoa fica por longo período olhando para baixo, com uma postura inadequada”, diz.
O hábito de ficar olhando para o celular de cabeça baixa, segundo Araújo, contribui para acelerar o processo de envelhecimento, podendo causar rugas no pescoço e papada. Além disso, pode causar problemas posturais a longo prazo. E, ao contrário do que se pode imaginar, o problema não afeta somente jovens, mas indivíduos de todas as idades.
O médico deu algumas dicas para evitar este problema. Uma delas é limitar o tempo de uso do celular. “Como dito anteriormente, é muito problemático ficar muito tempo com a postura errada e, se você tiver um limite de uso do smartphone, essa exposição ao que faz mal fica menor“, explica o neurocirurgião. Para quem não consegue diminuir o tempo de uso do celular, principalmente por causa do trabalho, o conselho é fracionar esse tempo.
O médico aconselha ainda a ficar atento a sua postura, a posição do pescoço e da coluna, isso é fundamental para evitar o pescoço tecnológico. “Isso é importante para treinar seu corpo para que ele esteja sempre na postura correta. Depois, isso passa a ser mais natural”, explica.
Em caso de sentir dor, a pessoa precisa procurar um médico. “É sempre bom ressaltar que nenhuma dor é normal e costuma significar que alguma coisa está errada. Por isso, caso comece a sentir alguma dor, procure um médico para investigar a razão e já começar um tratamento”, finaliza o especialista.