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Tossir realmente ajuda vítimas do infarto a sobreviver? Saiba a verdade

Corrente veinculada no Whatsapp e outras redes sociais afirma que o ato ajuda vítimas de infarto, mas qual a verdade?

Hanna Carvalho
Repórter do EM OFF

Você provavelmente já recebeu uma corrente no Whatsapp ou se deparou em outras redes sociais com o enunciado que afirma que o ato de tossir bem forte quando se suspeita de estar sofrendo um infarto pode impedir que evolua para um quadro mais grave ou até mesmo fatal. Essa técnica, segundo a corrente, tem o poder de desentupir as artérias obstruídas, evitando ou diminuindo os riscos desse evento cardiovascular.

Mas qual a verdade?

O cardiologista Roberto Kalil, do site Coração e Vida explica se essa recomendação tem fundamento ou não. Os principais sintomas do infarto são apertos ou angústia no peito, que caminha para o pescoço, para o lado esquerdo do corpo e que, eventualmente, também pode se apresentar no lado direito.

“Essa é a situação clássica. A pessoa que está apresentando um quadro de infarto pode também alternar os sintomas, muitas vezes com uma dor de estômago, simulando uma gastrite ou úlcera, dor nas costas ou falta de ar”, explica Dr. Kalil.

No entanto, tossir fortemente não abre as artérias que se obstruíram. “Não existe nenhuma manobra física para desentupir as artérias. Lembre-se: o entupimento da artéria coronária é feito, na grande maioria das vezes, por um coágulo. O que desentope a artéria, dependendo do grau, são remédios, medicações anticoagulantes, trombolíticos ou antiagregantes plaquetários”, explica o especialista.

O que fazer?

No caso de um infarto, chame imediatamente o serviço de emergência (SAMU), pelo número 192 e macere ou mastigue, ingerindo em seguida, 300mg de ácido acetilsalicílico (AAS). O medicamento pode reduzir os danos do infarto enquanto você aguarda pelo socorro.

Como prevenir?

O infarto ocorre quando uma ou mais artérias do coração são obstruídas, interrompendo o fluxo sanguíneo do coração. Qualquer pessoa pode sofrer do problema, mas fatores como obesidade, hipertensão e diabetes, além de estresse emocional, sedentarismo, tabagismo e dieta inadequada aumentam os riscos.

Controlar a pressão e diabetes, manter uma dieta balanceada, deixar de fumar, praticar atividades físicas e tentar reduzir a carga de estresse são medidas que tendem a diminuir o risco de doenças cardiovasculares, principalmente de infarto.

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