Mara Maravilha continua dando bola fora e foi exposta por um comunicador renomado. Leão Lobo, jornalista e ator, rasgou o verbo contra a apresentadora e revelou um caso de transfobia nos bastidores do SBT. O famoso que fez parte do Fofocalizando, transmitido pela emissora de Silvio Santos, abriu o coração para o Splash Now da UOL. Sem rodeios, o artista expôs um caso grave com Mamma Bruschetta. A situação causou indignação nos fãs da veterna que bombou recentemente no Melhor da Tarde (Band).
“Então, ela é uma pessoa dificílima de você conviver. Porque por exemplo, ela não se dava com a Mamma [Bruschetta], aí ela insistia com a Lívia [Andrade]. Mara não se dava com a Lívia e já tinha aquela treta toda, que já vinha de outros tempos e aí ela implicou com a Mamma. Então ela chamava a Mamma por exemplo, uma coisa que não magoava só a Mamma como todos nós. Ela tratava a Mamma como Luizão, porque ela disse que não aceitava a Mamma, né? Do jeito que a Mamma era e tal e chamava ela de Luizão“, disparou Leão Lobo sobre Mara Maravilha e a celebridade nos bastidores do Fofocalizando.
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De acordo com Leão Lobo, Mara Maravilha se referia a apresentadora sempre no masculino e não aceitava: “O nome da Mamma [Bruschetta] de registro é Luiz Henrique e aquilo ofendia não só a Mamma, ofendia todos nós no camarim. Era uma coisa de uma agressividade! [Mara falava]: ‘Porque o Luizão falou outro dia, não sei o quê’. Sabe umas coisas assim? A gente dividia o camarim ali, tinha reunião em um camarim grande”. Mesmo longe dos holofotes, a ex-peoa da Record e cantora gospel deixou a comunidade LGBTQIAPN+ revoltada com a tratativa transfóbica.
Cancelada
Bárbara Aires, consultora de gênero e diversidade, conversou com este colunista com exclusividade e lamentou o caso que foi divulgado na imprensa: “O Leão Lobo vir agora em público e declarar que ela não respeitava a identidade de gênero da Mamma, é só mais uma farsa dessa LGBTfobia. E que fica muito mais escancarada contra as pessoas trans, porque a gente transcende e transgride as regras impostas do gênero. A gente sai dessa norma dita padrão e incomoda muito as pessoas cisgêneras evangélicas e/ou conservadoras, que acreditam se você nasce com pênis é um menino/homem para o resto da vida“.
Atualmente Bárbara é Secretária da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (CEDIPA/Presidência). Aires repudiou a transfobia cometida contra Mamma Bruschetta: “Se você nasce com vagina é menina/mulher para o resto da vida. Essas pessoas não aceitam que gênero é uma construção social e não aceitam que você externalize esse seu gênero e viva socialmente de acordo com ele, se expresse dessa forma. É muito triste! Mara Maravilha ter essas atitudes e hoje a gente tomar esse conhecimento, só mostra o quanto é importante e o quanto faz falta uma lei que de fato criminalize e puna os crimes de transfobia”.
“A gente já tem aí a equiparação da LGBTfobia ao racismo, né? Já está criminalizado nesse âmbito. Mas com a criminalização também vem as brechas. A partir do momento que o racismo virou crime, a LGBTfobia virou crime, ainda foi equiparado a injúria racial… porque essa era uma manobra jurídica, agora tudo virou injúria simples. Justamente para que essas pessoas não paguem e a gente precisa que o legislativo discuta urgentemente sobre isso e não sobre banheiro. Inclusive vai ter que voltar a discutir sobre o banheiro pelo STF por causa de um homem cis, que violentou mulheres no banheiro tirando fotos delas por debaixo da porta”, disse Bárbara que também é palestrante e passou por programas como Amor e Sexo e Fantástico da Globo.
“É só mais uma farsa! É muito triste que uma pessoa pública e que foi tão querida como a Mara [Maravilha], se comporte dessa forma. Essas pessoas deveriam dar o exemplo! Mara é uma pessoa pública e a gente teve como descobrir que ela se comporta dessa forma. Quantas e quantos de nós, travestis, mulheres e homens trans sofremos todos os dias, diversas vezes em diversos espaços e por diversas pessoas diferentes? Família, desconhecidos, colegas de trabalho, instituições de ensino, órgãos públicos e acesso a saúde. Isso só mostra o quanto a nossa identidade ainda é inviabilizada, deslegitimada e questionada. O quanto somos desrespeitadas como cidadã em direito da nossa identidade de gênero”, finalizou Bárbara Aires.