Caminho sem volta

A Fazenda 14: Reality deixa de ser entretenimento e vira guerra

Agressões, ameaças, proteção e baixaria, destroem a credibilidade da edição

Cíntia Lima
Colunista do EM OFF


 Não dá para aceitar o que está acontecendo em A Fazenda 14. Alguns participantes simplesmente não podem estar em um reality show de tamanha visibilidade e se comportarem da forma mais deplorável e baixa da TV brasileira. Lamentável perceber que a Record TV perdeu a mão e apresenta a edição mais tóxica da história. Um reality de entretenimento virou zona de guerra.

Os fãs de reality estão sendo insultados com o que está sendo apresentado nas noites da emissora. Sem citar nomes, até porque eles já estão na boca no povo e são óbvios. Alguns participantes não têm respeito e decência de fazerem parte da atração. As palavras proferidas, o comportamento assustador, interferência externa, as ameaças, acusações e posturas vergonhosas, já ultrapassaram os limites aceitáveis do que um telespectador merece assistir.

A audiência está em queda e claramente a apresentadora Adriane Galisteu,  simplesmente está destoando da situação, está perdida, e não está sabendo lidar com a toxidade da edição. Não é engraçado, não é fogo no feno, não é entretenimento e não é jogo.

Lamentavelmente percebe-se claramente que a direção está refém de alguns participantes. Regras já foram quebradas, burladas e simplesmente nada aconteceu. Privilégios que sempre favorecem o mesmo lado, não passam despercebidos pelo público e a credibilidade da atração está mais do que comprometida.

Um caminho sem volta, é exatamente esse o perigo do reality. A cada semana, votação ou dinâmica, tudo fica ainda pior  e torna-se praticamente impossível reverter ou consertar uma situação que está descontrolável sob o olhar atento e criterioso do público. Que ninguém esqueça que qualquer programa de TV só existe e permanece pelo público e para o público.

O que está sendo apresentado é uma falta de respeito! É angustiante assistir um programa e ter a sensação que o telespectador não é respeitado! Perder a mão de uma atração tão tradicional e que deveria ser entretenimento, é permitir que um caminhão desgovernado continue circulando e ponha em risco todos à bordo, sem ter o mínimo bom senso e respeito de resguardar todos os envolvidos.
Ser conivente com o show de horrores que está sendo apresentado, é um ato covarde de “lavar as mãos”.

Esta coluna entrou em contato com a Record e está aguardando algum posicionamento da emissora.

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