A Justiça de São Paulo arquivou nesta tarde de quarta-feira (03) a queixa-crime movida por Dani Calabresa contra Marcius Melhem, ex-diretor de humor da Globo.
Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, Dani tentava proibi-lo judicialmente de mostrar mensagens de WhatsApp trocadas entre os dois, em decorrência da denúncia de assédio moral e sexual que ela e outras sete mulheres fazem contra ele desde 2020.
A decisão é uma derrota para a atriz, porém, o Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que ela não pode impedi-lo de divulgar algo para defender a si mesmo. O juiz Fabrício Reali Iza negou o pedido de Calabresa e arquivou a queixa-crime. Não cabe recurso da decisão.
Em nota a defesa de Dani Calabresa lamenta de decisão, mas a respeita, como tem feito ao longo de todo processo.
“Ressaltamos que a investigação criminal das denúncias apresentadas por 12 mulheres contra Marcius Melhem por assédio sexual continua sob sigilo de justiça, assim como o processo movido pelo Ministério Público do Trabalho. Infelizmente, temos assistido a uma série de vazamentos, sempre com o objetivo de atingir a reputação das denunciantes. Confiamos que a justiça comprovará todas as denúncias, apoiadas em provas e testemunhos”.
O jornalista questionou sobre o número de “doze acusadoras”, já que a investigação criminal no Rio tem oito. A resposta ainda não foi dada.
Este caso veio a público, em 2020, com reportagem da revista “piauí” e continha relatos de testemunhas que posteriormente estariam na peça de acusação formulada e levada à Ouvidoria do Ministério Público. A denúncia coletiva está na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, do Rio e não tem prazo para terminar.
Como forma de defesa Melhem divulgou algumas mensagens trocadas com Dani Calabresa ao longo dos anos. A humorista foi à Justiça para impedi-lo de divulgar, alegando que estava tendo sua vida íntima devassada.