Levanta suspeitas

Médico que impediu Bruno Krupp de ser levado para o presídio é investigado pela polícia

Hospital havia liberado Krupp para ser levado ao presídio, no entanto médico contratado pela família do modelo impediu

Cíntia Lima
Colunista do EM OFF

Bruno Nogueira Teixeira é o médico contratado pela família de Krupp e segundo inquérito instaurado, está sendo investigado pelos crimes de falsidade ideológica e fraude processual. O profissional foi contratado pela família do modelo e impediu que Bruno Krupp fosse transferido para o presídio.

Bruno Krupp é acusado de atropelar e matar o estudante João Gabriel, de 16 anos. Na terça-feira (02), o modelo recebeu voz de prisão pelos agentes da décima sexta DP que investiga o caso.

Nesta sexta-feira (05), Bruno Krupp estava liberado pelos profissionais do hospital Marcos Moraes para ser levado ao presídio por apresentar quadro estável.

Segundo o prontuário médico, o modelo movimentava os quatro membros, respirava em ar ambiente, lúcido e orientado, apresentava escoriações pelo corpo. No entanto, o médico Bruno Nogueira (contratado pela família), alegou que o influencer tinha problemas nos rins, levantou a possibilidade de sessões de hemodiálise e transferiu Bruno Krupp para UTI.

De acordo com ‘O Globo’, até ser encaminhado para a UTI, a pedido do médico da família, Krupp já havia tido liberação da neurocirurgia, ortopedia e cirurgia plástica. Os profissionais do hospital afirmaram que o modelo tinha condições de transferência para qualquer outra unidade de saúde, inclusive hospital penitenciário.

Devido a tudo isso, o delegado Aloysio Berardo Falcão, da décima sexta DP, instaurou um inquérito para investigar o médico Bruno Nogueira, pelos crimes, falsidade ideológica (tipificado no artigo 299 do Código Penal, prevê 5 anos de reclusão mais multa a quem mentir em documento público ou particular). E o crime de fraude processual (previsto no artigo 347 do Código Penal e consiste no ato de modificar intencionalmente dados de processo, com intuito de levar juiz ou perito a erro. A pena prevista é de 3 meses a 2 anos de detenção, além de multa).