O jornalista Ricardo Feltrin, ex-contratado do portal UOL e que mantém um canal no YouTube com mais de 280 mil seguidores, foi denunciado pela Justiça Pública de São Paulo pela suposta prática de crimes de perseguição e violência psicológica contra a mulher em março deste ano. De acordo com a denúncia, ele teria publicado informações que causaram dano às vítimas e expôs as mesmas a críticas por internautas.
O caso ocorreu depois que o ator e diretor Marcius Melhem, ex-contratado da Globo, publicou vídeos em suas redes sociais se defendendo das acusações de assédio sexual feitas contra ele. Feltrin, segundo a Justiça, teria repercutido o material em seu canal de Youtube. Assim, o órgão entendeu que tanto o jornalista quanto o ex-autor da Globo estariam “perseguindo” as mulheres.
De acordo com a denúncia, as publicações constantes de Ricardo Feltrin também estariam promovendo a perseguição às vítimas por parte de internautas, “ameaçando a integridade física e psicológica delas, assim como perturbando suas esferas de liberdade e privacidade”, diz o texto.
Denúncia
“Além disso, teriam causado ou promovido que terceiros não identificados causassem danos emocionais às vítimas, por razões da condição do sexo feminino, prejudicando-as e perturbando-as em seu pleno desenvolvimento e visando a degradar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, ridicularização e outros meios, causando prejuízo à saúde psicológica e autodeterminação.”
A denúncia da Justiça Pública reforça, ainda, que as publicações do jornalista em defesa de Marcius Melhem teriam conteúdo difamatório, com ataques à honra objetiva das vítimas. Tanto o ex-autor quanto o jornalista teriam usado, nas publicações, informações que correm em segredo de Justiça e fatos ocorridos durante as investigações.
Para quem não lembra, Marcius Melhem foi denunciado por atrizes da Globo por assédio sexual quando ele era diretor da emissora. Em agosto do ano passado, a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) foi aceita pelo Tribunal de Justiça (TJRJ) e ele virou réu. Desde o começo do caso, Ricardo Feltrin cobriu amplamente o caso nas suas plataformas e deu voz ao ex-diretor global.
Procurado pelo EM OFF, Ricardo Feltrin se limitou a dizer que “já comentou sobre o assunto” e nada mais acrescentou.
Será processado
Feltrin também será processado pelo jornalista e CEO do Grupo EM OFF, Erlan Bastos. Ao ser desmascarado pelo jornalista, Feltrin atingiu a honra do comunicador ao falar da sua história de vida pessoal. Pouca gente sabe, mas Erlan Bastos morou na rua em São Paulo. Em 2022, quando foi candidato a deputado federal, as assistentes sociais que atenderam Erlan em 2015 prestaram depoimento relembrando da época. Feltrin, com raiva e para defender a ex-assistente de Geraldo Luís, chegou a dizer que a história de vida de Erlan era mentirosa e que ele era “mentiroso compulsivo”. Feltrin coleciona processos por difamação na justiça.
ODIADO PELO MEIO JORNALISTICO
Feltrin também coleciona desafetos no meio jornalístico. Rejeitado por grandes veículos, o youtuber fechou diversas portas justamente pelo temperamento instável e dificuldade de se relacionar com outros colegas, além de se recusar a fazer erratas de reportagens publicadas por ele.
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