Elize Matsunaga, condenada a 16 anos de prisão por assassinar e esquartejar o seu marido, Marcos Matsunaga, pode voltar para a penitenciária. Em liberdade, cumprindo regime aberto, o qual ela teve direito após 10 anos de reclusão, a moça vem sendo investigada pela Polícia Civil de São Paulo por usar documento falso infringir as normas da sua condicional.
De acordo com informações do jornal Extra, ela havia conseguido emprego em uma empresa de construção civil, em Sorocaba, para acompanhar obras em condomínios de luxo da região e para ser contratada, pegou um documento de outro funcionário e colou seu nome de solteira: Elize Araújo Giacomini. A ação foi cometida porque ela precisava apresentar um documento negativo de antecedentes criminais.
A denúncia foi feita pela ex-chefe de Elize, que nega a acusação. Ela chegou a ser interceptada por investigadores em Franca, onde mora atualmente. A loira foi detida na delegacia e polícias foram em sua antiga residência, para buscar provas do delito. Acabaram encontrando fotos e vídeos dela tomando bebidas alcoólicas na praia durante o dia, fato que viola a condicional do regime aberto, uma vez que ela ainda cumpre o restante da pena em liberdade.
Amigos da ré contaram à publicação que ela tentou ingressar como motorista de aplicativo, mas teve o cadastro negado, justamente, por não ter atestado antecedentes criminais negativo. Foi aí que ela apresentou documentos adulterados, para poder ingressar na construção civial, já que ter emprego fixo é uma condição imposta pela Justiça para ela poder cumprir o restante da pena em liberdade.
O promotor Luiz Marcelo Negrini, responsável por acompanhar a execução penal da Matsunaga, explicou que ela pode voltar para a cadeia: “a prática de crime no curso do aberto dá regressão. Caso ela seja condenada pelo crime novo, essa nova pena será acrescida ao que faltava. Só depois deverá ser fixado pelo juiz o regime adequado”.
“O documento é algo grotesco, uma colagem tosca. Não foi ela quem fez e nem chegou a ser usado. Isso precisa ser provado [das fotos dela na praia, ingerindo álcool], ou seja, não basta uma foto de ela segurando um copo. Teria que ter apreendido o líquido e periciado”, defendeu Luciano Santoro, advogado de Elize. A acusada foi liberada, mas continuará a ser investigada.
Assassina confessa, Elize Matsunaga vira motorista de aplicativo
Em liberdade condicional, acusada de assassinar e esquartejar o marido em 2012, Elize Matsunaga, virou motorista de aplicativo em São Paulo. Buscando a ressocialização, a moça já cumpriu 10 anos da sua pena, que totaliza 16, pela morte de Marcos Matsunaga, herdeiro de um grupo alimentício. O caso repercutiu tanto na época, que acabou virando série da Netflix.
De acordo com Ulisses Campbell, autor da biografia ‘Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido’, ela também decidiu empreender e montou um ateliê de costura, que vende roupas para animais de estimação. “Para não ser reconhecida pelos passageiros, a mulher que esquartejou o marido usa o nome de solteira: Elize Araújo Giacomini; e esconde-se por trás de máscaras e óculos escuros”, escreveu na legenda de uma postagem em seu perfil do Instagram.
O jornalista ainda contou uma peculiaridade sobre o veículo que a loira resolveu dirigir. “Na hora de escolher o modelo do carro, optou por um Honda Fit, uma marca tão japonesa quanto a ascendência do seu ex-marido”, alfinetou, revelando que o serviço prestado por ela é avaliado com nota 4,80 pelos usuários da plataforma.
Embora Elize Matsunaga tenha optado pelo trabalho informal, já que ela precisa ter uma ocupação para continuar fora da penitenciária, é formada em Direito, Contabilidade e tem cursos de enfermagem e sommelier.