ExclusivoJaquelline Grohalski se pronuncia, pela primeira vez, após polêmica de voto

Ex-BBB foi afastada do reality 'Cruzeiro Colorido' e demonstrou recentemente com os colegas de equipe

Fábia Oliveira
Colunista do EM OFF

Após revelar o seu apoio ao atual presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais, Jaquelline Grohalski foi durante criticada nas redes sociais e acabou sendo afastada do reality ‘Cruzeiro Colorido’. A ex-BBB comandava alguns quadros do programa, que tem Nicole Bahls e David Brazil como apresentadores principais. Procurada por esta coluna, Jaque se pronunciou, pela primeira vez, sobre a polêmica.

“Eu sabia que meu posicionamento ia gerar repercussão, mas não a ponto de acontecer algo relacionado a minha área profissional. Até porque, eu acho que as pessoas estão com a mente muito fechada para falar sobre o assunto. Elas pedem igualdade, pedem direitos, mas na hora de praticar não é bem assim”, começou dizendo.

Jaquelline afirmou ter sido mais atacada pelas pessoas que não a conhecem. “Eu acredito que fui mais atacada por um público que não me seguia, que não me conhece. Porque todos que me seguem, famosos ou não, público LGBTQIA+ ou não, me mandaram direct me apoiando e até mesmo falando que não se posicionam por medo de perderem seus trabalhos e terem seus nomes envolvidos na política, pois apoiam a mesma pessoa que eu. Até me surpreendi com alguns nomes”, completou.

Sobre a sua saída do programa ‘Cruzeiro Colorido’, Jaquelline esclareceu: “Eles mandaram uma mensagem pedindo meu afastamento. Não falaram: ‘Demitida’. Mas desde então, eu entreguei para o meu jurídico e não conversei com mais ninguém”.

A ex-BBB contou que, desde o corrido, não foi procurada por ninguém, nem mesmo para perguntarem como ela está após todos os ataques. “Em nenhum momento eles me perguntaram como eu estava. Mandaram a mensagem como se eu não tivesse sido alguém que se doou para o programa e como se eu fosse uma qualquer. Tipo: ‘Não aceitamos a sua opinião, tchau’. Ou seja, fica aí a questão que ninguém tem compaixão pelo outro. Querem tanto igualdade, mas não praticam”, disparou.

Ela completou: “Eu achei que, pelo menos, alguém fora das redes sociais e fora do Cruzeiro fosse me mandar uma mensagem, o dono ou alguém que trabalhava ou convivia comigo ali. Algo tipo: ‘Jaque, você tá bem? Eu não concordei. Mas você sabe que o mundo LGBT preza muito por isso’. Mas nada. Em momento nenhum eles tiveram compaixão comigo, ninguém”.

Ainda em conversa com esta coluna, Jaquelline Grohalski contou que, após toda a polêmica com a sua opinião, uma outra pessoa que cuida da sua rede social quis contornar a situação. Na ocasião, foi publicado que tudo era brincadeira. “Em relação ao que foi falado no Twitter, não fui eu quem digitei falando que foi uma brincadeira. Foi uma pessoa que cuida da rede social junto comigo e automaticamente ela direcionou para o meu Instagram, porque ela achou que era melhor contornar a situação. Quando ela veio falar comigo, eu falei: ‘Não, acho que meu posicionamento tem que ser um só. Não tenho que ficar brincando de política. Eu me posicionei sobre algo e permaneço’. Aí eu apaguei o que ela tinha colocado dizendo que era brincadeira e que eu era Lula”, esclareceu.

Para ela, o que falta é que as pessoas saibam respeitar a opinião um do outro. “Eu acho que as pessoas têm que começar a aceitar um pouco a opinião do outro. Não é por conta do mundo LGBT, é porque eu não quero votar em uma pessoa, é uma questão de opinião minha, de voto meu. Não é porque eu vou votar nele que eu vou desprezar alguém. Tenho vários amigos que votam no Bolsonaro, que são gays, trans… As pessoas têm só que respeitar a opinião do outro e está tudo certo”, falou ela.

Jaque afirmou estar bastante triste com toda a situação e disse que o seu jurídico irá resolver todas as questões. “Tudo que eu fiz no mundo LGBT não significou nada? Tudo que eu faço na minha vida não é nada, só porque eu votei? Eu estou bem triste com essa situação, por isso que eu não falei nada, não me posicionei em momento nenhum, só deixei na mão do meu jurídico”.

E finalizou: “É igual minha funcionária… Eu vou demiti-la só por que ela vota no Lula? E o carinho que ela tem por mim? De vir na minha casa, cuidar da minha filha, das minhas coisas, faz tudo com amor pra mim… E aí ela vai votar no Lula e eu digo: ‘Tchau’? Não é assim. Eu respeito”, completou.

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