ExclusivoJustiça nega pedido de Perlla e cantora terá que comparecer à audiência por suposto calote

Artista alegou estar resolvendo as burocracias da prisão do marido Patrick Abrahão

Fábia Oliveira
Colunista do EM OFF

Esta coluna já havia contado, com exclusividade, que Perlla estava sendo acusada de dar um calote de R$ 20 mil na consultora de negócios Cris Con. Após ter sido exposta, a cantora ajuizou duas ações contra a profissional, pedindo que ela fosse impedida de citar seu nome. No entanto, o juiz deu poder de voz à consultora pela suposta lesão monetária causada pela ex-funkeira. Pois bem.

Uma audiência sobre o caso está marcada para esta terça-feira (25), onde Perlla, por meio de seus advogados, afirmou que não iria comparecer por estar cuidando dos negócios do marido Patrick Abrahão, que recentemente foi preso por estelionato. A cantora alegou estar resolvendo a parte burocrática de sua prisão. No entanto, nesta segunda-feira (24), o juízo indeferiu o pedido formulado pela dona do hit ‘Tremendo Vacilão’, por entender que não existem motivos que comprovem a impossibilidade de comparecimento ao tribunal.

O imbróglio entre as duas começou quando Cris Con revelou que Perlla havia dado um calote de R$ 20 mil em 2020, após receber os seus serviços de consultoria e captação de negócios para a reforma de sua residência, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Após a situação, ela entrou com duas petições contra a profissional. Perlla chegou, à época, a enviar uma mensagem pelo Whatsapp da filha, afirmando que a consultora era demoníaca e que haveria uma morte, o que levou Cris a abrir um boletim de ocorrência. 

Após Perlla afirmar que não compareceria à audiência marcada para esta terça (25), a consultora de negócios, por meio de seus representantes legais, disse fazer questão de estar presente, comprometendo-se a levar uma testemunha para provar todo o prejuízo causado pela cantora. Cris Con enfatizou ainda que irá até o final, mesmo não tendo esperanças de receber qualquer valor da ex-funkeira. Isso porque, segundo ela, a esposa de Patrick Abrahão teria um histórico de não arcar com suas dívidas, estando todos os seus bens nos nomes de sua mãe e de seu pai.

Ainda de acordo com a consultora, haveria, ainda, uma testemunha de Brás de Pina, local onde Perlla já morou quando era solteira, na Zona Norte do Rio, que teria afirmado que a cantora já dava calotes antes mesmo da fama, visto que ela deveria valores referentes à compra de produtos AVON, naquela época.

Perlla se pronuncia após prisão do marido em operação da Polícia Federal

A cantora Perlla se pronunciou após a prisão de seu marido Patrick Abrahão. O empresário foi alvo da operação La Casa de Papel, da Polícia Federal, da Receita Federal e da Agência Nacional de Mineração, na última quarta-feira (19). No Instagram, a artista compartilhou uma nota de esclarecimento emitida pelos advogados do rapaz alegando sua inocência.

“No que tange a operação desencadeada pela Receita Federal, Agência Nacional de Mineração e da Polícia Federal da Comarca de Campo Grande/MS, denominada La Casa de Papel, cabe esclarecer que os Srs. Patrick Abrahão Santos Silva e Ivonélio Abrahão da Silva negam veementemente as acusações e com o deslinde da demanda pretendem demonstrar as suas inocências”, dizia o comunicado.

De acordo com o portal ‘G1’, a operação que resultou na prisão de Patrick era contra “um esquema de pirâmide financeira transnacional” que criou a própria criptomoeda e a supervalorizou artificialmente. Segundo as investigações, a rede do marido de Perlla, a Trade Invest, lesou pelo menos 1,3 milhão de pessoas em 80 países, causando um prejuízo de R$ 4,1 bilhões.

O empresário foi preso na quarta-feira (19) em casa, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele é investigado por crimes contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, usurpação de bens públicos, crime ambiental e estelionato.

Ainda segundo o ‘G1’, a Justiça também determinou o bloqueio no valor de 20 milhões de dólares, o que equivale a R$ 105,7 milhões, além de “sequestros de dinheiro em contas bancárias, imóveis de altíssimo padrão, gado, veículos, ouro, joias, artigos de luxo, mina de esmeraldas, lanchas e criptoativos em posse das pessoas físicas e jurídicas investigadas”.

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