Luciano Huck decidiu se pronunciar, nesta terça-feira (6), a respeito de uma das perguntas do quadro ‘Quem Quer ser um Milionário’, do ‘Domingão do Huck’, exibido no último domingo (4). Na ocasião, a questão falava da frase que George Floyd disse antes de ser assassinado, que virou um grito de protesto contra o racismo. O homem negro americano foi sufocado sob o joelho de um policial branco por mais de nove minutos.
A pergunta foi bastante criticada por internautas logo após a exibição do quadro. Entre eles, um advogado e professor de direito internacional e direitos humanos na Fundação Getúlio Vargas. O profissional marcou Luciano Huck em uma sequência de tuítes, onde explicou a situação.
“Oi, Luciano Huck. Sei que me segue aqui e já trocamos ideias! Vamos falar sobre essa pergunta? Para pessoas negras, o caso do Floyd (e tantos outros Floyds brasileiros) é traumático ao ponto de fazer com que colocar suas últimas palavras num quiz de entretenimento seja inaceitável”, escreveu ele. “Se quiser, você ou sua equipe, falar um pouco mais sobre isso, estamos aqui”, completou.
O apresentador decidiu, então, retuitar a observação dada pelo advogado, assumindo o erro. “Você tem toda razão sobre a pergunta formulada. Estou cada vez mais consciente do quanto devo evoluir no letramento antirracista além da intenção. Não tenho acesso prévio às perguntas e, desta vez, não tive a presença de espírito para reagir de imediato”, respondeu Huck, que ainda se desculpou: “Errei. Peço desculpas. E vamos conversar”, finalizou.
O diálogo entre os dois repercutiu nas redes sociais. “Esse é o tipo de diálogo que eu acredito que faça a diferença, só assim será possível evoluir. Parabéns Thiago e Luciano Huck pela civilidade e respeito ao tratar de um assunto que merece reflexão e mudança”, escreveu uma pessoa. “Excelente manifestação! Acredito que a intenção de quem colocou essa pergunta no banco de questão tenha sido nobre. Mas realmente não ficou legal. O lado positivo é que gerou mais reflexão”, falou outra.
Um outro internauta criticou: “Luciano, caso fosse uma pergunta que remetesse os últimos momentos de um judeu, será que você se atentaria? Vivemos em tempos que a tolerância para esses comportamentos devem e estão esgotadas. Não é a primeira vez que isso ocorre nesse mesmo quadro”. Uma quarta pessoa analisou: “Que a situação seja eternamente lembrada para alertar que o racismo existe e mata, no entanto, tais lembranças, jamais podem acontecer em forma de entretenimento. Esse foi o erro gritante”.
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