A polêmica sobre o cachê milionário, por um show na cidade de Conceição do Mato Dentro-MG, de Gusttavo Lima continua. Apesar da apresentação ter sido cancelada, o sertanejo já havia recebido a metade do valor, que equivale a R$600 mil. O contrato determina que o cantor tem direito de ficar com a quantia, independente do show acontecer ou não.
Segundo o portal ‘Splash’, umas das cláusulas prevê multa de 50% da nota fiscal faturada, de R$ 1,2 milhão, em caso de suspensão ou rescisão do contrato. O documento foi assinado dia 11 de abril e no mesmo dia, o cantor recebeu metade do cachê. O valor restante deveria ser pago até cinco dias antes da apresentação.
Na noite do último sábado (28), a prefeitura de Conceição do Mato Dentro, no interior de Minas, anunciou o cancelamento do show de Gusttavo Lima, que aconteceria no mês que vem, durante uma festividade da cidade. Após o contrato com o cachê de R$1,2 milhões, mais exigências, veir a público, o Executivo decidiu cancelar a apresentação por conta do uso indevido dos valores da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) para pagar os cachê.
Além do cantor, a dupla Bruno e Marrone, que receberia R$520 mil pela participação, também foi vetada do evento pelo mesmo motivo. A prefeitura emitiu um comunicado oficial lamentando o fato de envolverem as festividades em uma ‘guerra política e partidária’.
No vídeo, publicado nas redes sociais, o prefeito da cidade, José Fernando Aparecido de Oliveira (MBD), fala sobre os cancelamentos dos contratos como um adiamento em decorrência de “questões eleitorais que tentaram envolver Conceição do Mato Dentro”. Assista ao vídeo!
O contrato já havia virado alvo de pedido de investigação no Ministério Público de Minas Gerais
Em nota, ao portal ‘Splash’, o MPMG informou que foi feita uma representação “questionando a regularidade da utilização de valores para pagamento de despesas durante a festividade Jubileu do Senhor do Bom Jesus do Matozinhos”. A nota também diz que foi aberta uma Notícia de Fato: “Trata-se de um procedimento para verificar se há elementos que justifiquem a abertura de uma investigação pelo MPMG (inquérito civil)”.
O show está previsto para dia 20 de junho e faz parte de um festividade tradicional da cidade, a 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor do Bom Jesus do Matozinhos. As duplas Bruno e Marrone e Israel e Rodolfo e outros sertanejos famosos também foram contratados para o evento.
Além do cachê milionário, algumas exigências feitas pela equipe do sertanejo também chamaram a atenção, como, hospedagem no melhor hotel da região para 40 pessoas e pagamento das diárias de alimentação da equipe técnica e banda, no valor de R$ 4.000,00. O contrato está disponível no site oficial da prefeitura da cidade.
Em resposta ao portal ‘Splash’, sobre os valores do show e pedido de investigação do MPMG, a prefeitura de Conceição do Mato Dentro esclareceu que está tudo dentro da legalidade.
“Os processos licitatórios para a contratação não apenas do Gusttavo Lima, mas de todos os artistas que se apresentarão na 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, foram realizados dentro da legalidade, conforme a Lei Federal 8666/93”, diz a nota.