O baixista do grupo Cidade Negra, Bino Farias, foi preso no dia primeiro de maio, no Rio de Janeiro, e está cumprindo prisão domiciliar. O músico tinha um mandado de prisão por falta de pagamento de pensão alimentícia, que já se arrastava há mais de cinco anos.
Bino Farias foi preso voltando para casa, quando foi abordado por uma blitz e levado para averiguação na 45ª DP, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. No dia 2 de maio, ele teve um alvará de soltura deferido e a prisão será cumprida em regime domiciliar. A dívida do baixista do Cidade Negra já chega ao montante de R$ 722.361,25.
Bino tem duas filhas, uma de 25 anos e uma menor de 16. De acordo com o processo que esta coluna teve acesso, as meninas estão sem plano de saúde, e têm as mensalidades de escola e curso em atraso. Ainda segundo o documento, elas dependem da ajuda alheia, de vizinhos e amigos, “até para comprar um pão”.
Vale destacar que, enquanto as filhas passam por necessidades básicas, o músico segue postando fotos e músicas como se nada estivesse acontecendo. Segundo as redes sociais de Bino, ele fez shows em todo o Brasil e até no exterior, durante este período de cinco anos de dívida da pensão alimentícia, mesmo com o passaporte suspenso.
E não para por aí. No processo contra Bino Farias ainda consta que o músico vive uma vida de luxo em Piratininga (Niterói). Ele estaria morando em condomínio bastante caro no bairro, o que sugere que ele tenha uma renda bem acima do que deve para as próprias filhas.
“Há de se ressaltar que possibilidades o Executado tem de pagar, haja vista, a quantidade de shows que o executado sempre fez, e que no ano de 2021 não foi diferente, inclusive no exterior como baixista do cantor Marcelo Falcão e da banda Cidade Negra) e continua fazendo no ano corrente, com agenda lotada. Já as exequentes continuam passando por muitas necessidades, estamos aqui falando de necessidades básicas, que já estão mais do que comprovadas”, diz um trecho do processo.
Esta não foi a única condenação de Bino Farias. Em 2017, o artista já havia sido condenado pela Lei Maria da Penha, por agredir a ex-mulher Marcele Simeão, por 17 anos, tempo que ficaram casados. Por ser réu primário, a sentença do músico foi de cumprimento de serviços comunitários por dois anos.