Detalhou tudo!

Vídeo: Influenciadora grávida detalha agressão sofrida no Rio

Rayssa Buq teve o celular levado e levou um soco na barriga

Fábia Oliveira
Colunista do EM OFF

E mais um caso de violência no Rio ganhou repercussão nas redes sociais. Depois de o ator Thiago Rodrigues ser atacado na Gávea, a influenciadora cearense Rayssa Buq, que está grávida, teve o celular roubado e ainda foi agredida pelo criminoso, que não foi identificado, com um soco na barriga. Ela ainda teve uma das unhas arrancadas com o puxão que o homem deu no telefone. Policiais conseguiram recuperar o aparelho, mas a vítima ainda reclamou da atitude dos agentes. Em seus stories, ela detalhou tudo o que aconteceu.

“Não consegui dormir essa noite, fui dormir umas 3h da manhã com meu esposo. E dormindo e acordando, dormindo e acordando, porque toda hora que eu tentava dormir, a cena vinha na minha cabeça. É muito ruim. O pior de tudo é a sensação que fica, a cena que não para de se repetir na sua cabeça, o pânico que você fica, você fica com medo de sair pra qualquer lugar, você fica com aquilo na cabeça. É muito cruel”, começou seu relato.

E continua: “A gente tinha acabado de entrar no táxi, estávamos indo no shopping e aí o rapaz [motorista] disse assim ‘é melhor fechar o vidro pra não dar bobeira’. Eu bloqueei meu celular e coloquei na minha perna esquerda, que ficava perto do motorista, bloqueado e de cabeça pra baixo e botei o dedo pra fechar o vidro”, explicou.

Rayssa lembrou, então, que nem deu tempo de apertar o botão: “Na hora que fiz isso [levar a mão para fechar a janela], ele veio e eu não sei de onde que ele brotou porque foi muito rápido. Mas ele foi muito agressivo, violentíssimo. O taxista segurando meu celular e ele puxando, foi na hora que ele não conseguiu e deu um murrão na minha barriga. Não sei se ele viu que eu estava gestante, foi só por ser ruim mesmo. E foi nessa hora que ele deu que eu fiquei assim, né, em estado de choque”, contou.

O susto e o soco fizeram com que Rayssa tivesse uma crise: “Aí, comecei a ter uma crise de pânico e soltei o celular, porque na hora que ele bateu na minha barriga, eu só pensava no meu filho, não pensava em mais nada. Na hora do murro, eu só pensava nisso. Na hora do murro eu fiquei assim, peguei na minha barriga e ‘meu Deus, e agora?’ porque foi muito forte, muito forte mesmo”, detalhou.

A influenciadora, na sequência, relatou que ainda ficou mais preocupada porque seu pai saiu atrás do criminoso: “Fiquei desesperada depois disso e ele saiu correndo com meu celular na mão. Painho saiu correndo atrás dele e aí fiquei com mais medo ainda. Eu já tava tendo uma crise de pânico dentro do carro e fiquei pior porque Painho é assim, muito explosivo, e saiu correndo atrás do cara, gritando”, afirmou.

E completou: “Fiquei com medo do cara estar armado, alguma coisa assim. Depois que meu esposo ficou olhando pra mim, pra minha barriga, correu atrás junto. E aí ele entrou dentro do ônibus e meu pai disse ‘ele tá aqui’. Painho começou a filmar, ficou na frente do ônibus, não deixou o ônibus sair de jeito nenhum. E eu ‘vamos embora, pai’, eu só queria sair dali, não queria saber do celular”.

Desesperada, Rayssa conta que queria ir embora, mas o pai insistiu em travar a saída do ônibus: “E eu ‘vamos embora, painho’ e ele ‘não, ele tá aqui dentro’. E eu dentro do carro com a janela fechada, o taxista super gente boa, parou, saiu. E a galera do ônibus dizendo que não, acobertando, ne? E uma galera começou a esculhambar meu pai. Na mesma hora, uma viatura estava se aproximando no trânsito, aí meu esposo correu e chamou a viatura, aí a polícia parou”.

Foi então que ela se incomodou com a atitude dos primeiros policiais: “A primeira viatura tinha dois policiais e ele não queria colaborar com a gente. Eu acho que eles estão tão acostumados com isso que eles nem [ligam], sabe? E eu tava tendo uma crise de pânico dentro do carro, né, desesperada. E aí ele falou assim ‘tem que reconhecer, você tem que reconhecer o cara’. Eu, assim, ‘moço, pelo amor de Deus, como você vai me pedir pra reconhecer um cara que não deu nem pra ver de onde ele saiu. Eu sei que ele té dentro desse ônibus'”, continuou contando, antes de seguir:

“Meu pai, ‘meu filho, faça uma varredura’, ele ‘não posso’. Gente, juro, ele não queria ajudar. Eu fiquei passada porque se fosse em Fortaleza os caras tinham mandado descer todo mundo. Mas eles, tipo assim, ou reconhece ou o ônibus vai embora porque eu não posso prender o ônibus. Foi o que ele quis dizer”, analisou Rayssa.

Ela contou que, depois, chegou outra viatura: “Essa viatura era totalmente diferente. Os policiais perguntaram o que foi [e o marido contou o caso de novo]. Aí, os policiais dessa segunda viatura disseram que ele não ia sair do ônibus. Eles já queriam ajudar, totalmente diferente da primeira. Assim que consegui rastrear estava bem do meu lado, dentro do ônibus. Aí, eu gritei”

Após o localizador do celular apontar que seu pai estava certo, os agentes de segurança agiram: “Aí eles invadiram e começaram a procurar, bateram. O meu celular estava debaixo de uma cadeira, eles pegaram, bateram em uns lá e devolveram o celular. Como estava debaixo da cadeira, a gente não viu quem pegou, não teve esse negócio de levar pra delegacia”, declarou.

Rayssa ainda afirma que nem pensava em recuperar o aparelho: “Juro que eu não estava com cabeça pra celular, era painho que não queria. Só sei que minha revolta não era pelo celular, eu não pensava no celular. Eu só queria ir no hospital ver meu filho porque eu comecei a sentir muita dor, do nervoso e do soco”.

Mais uma vez, ela comparou a polícia do Rio com a de Fortaleza: “A minha revolta era só de ele ter batido em mim sabendo que eu tava grávida, ele viu. Muito difícil se você não tem empatia por uma pessoa que tá esperando um bebê. É muito doido isso. Fiquei besta também com a reação da primeira viatura, fiquei muito passada. Porque, tipo assim, eles tratam como algo comum, normal. Mesmo que seja, isso não pode ser tratado de forma normal, é muito difícil”, criticou.

E finalizou: “Aí, eu disse, ‘meu Deus, se fosse em Fortaleza, os policiais tinham obrigado todo mundo a descer do ônibus, tinham feito uma varredura e ainda iam forçar a falar quem foi que pegou’. Porque é ‘ou fala ou fala’ lá. Bem diferente”.

Seus seguidores afirmaram que seu pai foi um herói e ela concordou, ainda contando que ele gravou toda a ação. “Foi! Gente, fiquei passada com a coragem de painho, foi instinto de pai mesmo, a polícia dizendo ‘vamo pra delegacia’ e painho ‘não vou, não! Não vou sair daqui, ele tá aí dentro’. E painho na frente do ônibus e o povo esculhambando pinho, dizendo que ele não tava lá, mandando ele sair do meio, e painho filmando tudo, gente. Na frente do ônibus dizendo que o ônibus não ia sair. Foi um herói mesmo, fiquei passada. E painho tem tudo filmado”.

Após o susto, Rayssa passou por uma consulta médica e verificou que estava tudo bem com ela e o bebê: “Tá tudo bem com o Asher, gente. Louvado seja o nome do Senhor. Tudo perfeito! As dores são do nervoso, que a médica disse”, afirmou ela, mostrando a tela da ultrassonografia.

Há dois dias, Rayssa foi entrevistada pela youtuber Evelyn Regly, que também está grávida. A influenciadora contou em seu Instagram sobre o ataque: “Gente, a Rayssa foi assaltada, hoje (domingo, 11), aqui no Rio, o cara quebrou as unhas dela e atingiu a barriga dela na hora do assalto (…)”, postou, com uma foto ao lado da vítima. E continuou: “Falei com ela pelo WhatsApp e ela ficou de dar notícias quando fosse atendida. mas desde já fiquemos em oração por ela e pelo bebezinho. mandem mensagens de apoio pra ela também”, pediu Evelyn.