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Léo Moura relembra clima nos bastidores no caso da prisão do goleiro Bruno do Flamengo

O ex-jogador do Flamengo relembrou dia em que o goleiro Bruno foi preso

Mariana Morais
Colunista do EM OFF

O ex-jogador do Flamengo Léo Moura participou do podcast Bulldog Show, apresentado por Tuka Carvalho. Durante a entrevista, ele relembrou o clima nos bastidores do clube rubro-negro no dia em que o goleiro Bruno foi preso.

“Foi um dos momentos mais tristes da minha carreira. O Bruno era um cara muito tranquilo com todo o grupo. Lógico, que ele tinha o jeito dele, de um dia chegar, falar, cumprimentar, brincar com todo mundo. No outro dia, chegava mais quieto. Quando a gente recebe a notícia do que tinha acontecido, todo mundo ficou em choque. Ninguém acreditou. Não é possível, o cara tá aqui todo dia, é mentira e tal. Esse era o sentimento. A gente colocou isso na cabeça, porque não conseguíamos acreditar. E quando foi confirmado o que aconteceu, o envolvimento dele e mais as outras pessoas, sabe quando você chega no treino e tá todo mundo paralisado? E tu treina com aquilo na cabeça. Porque uma hora o cara tava ali, outra o cara tá preso“, disse Léo, que na época era o capitão do time.

O ex-jogador revelou detalhes do momento em que foi convocado para depor a favor de Bruno. “O advogado de defesa pediu e aí foi eu, Zico, que era diretor na época, a Patrícia Amorim, que era presidente do clube, e o Paulo Victor, era amigo e quem emprestou o apartamento dele para o Bruno. Porque a gente teve uma folga e o Paulo Victor era da cidade de Assis, aí ele falou que ia para a cidade dele, que ia ficar uma semana e que o Bruno poderia ficar no apartamento dele sem problema nenhum, porque o Bruno não iria pra BH e foi aí que ele conheceu a Eliza. Aí fomos lá depor e o advogado falou que poderíamos falar com ele na cela antes, mas eu não tinha coragem e nem força para isso. O cara até então era meu companheiro, meu parceiro”, relembrou Léo, que complementou:

“Ele era um cara realmente muito tranquilo. Bruno não tinha nada de comportamento agressivo. Fui lá dei meu depoimento e depois não tive mais contato. Foi um momento muito triste. E assim, a gente perde um grande talento. Joguei com grandes goleiros, como o Rogério Ceni e Fábio, mas igual a ele nunca vi. Era nível A, Seleção, nível Europa, clube grande. Não foi fácil digerir isso não”.

Bruno foi condenado em 2013 a 20 anos e nove meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver da modelo e ex-namorada Eliza Samudio, desaparecida em 2010 aos 25 anos. Desde 2019, o ex-atleta cumpria regime semiaberto domiciliar e, em janeiro deste ano, recebeu liberdade condicional pela Justiça do Rio de Janeiro.