Depois de 15 anos, o “Linha Direta” retorna à grade de programação da TV Globo no dia 4 de maio. A atração vai ao ar todas as quintas-feiras, apresentando um crime já solucionado de grande repercussão e outro ainda em aberto. Ambos terão características semelhantes. E a coluna Mariana Morais já descobriu dois dos primeiros casos a serem noticiados na atração.
Segundo fontes desta colunista, Pedro Bial, o novo apresentador do “Linha Direta”, já gravou com Leniel Borel, pai de Henry Borel. A ideia é que entre os primeiros casos apresentados esteja a história do menino, que foi morto com apenas 4 anos, em 2021, após ser agredido pelo padrasto, o agora ex-vereador Jairinho.
Bial também já gravou com Adeílson Cabral e Jane Cabral, pais da jovem Fernanda Cabral, de 22 anos, morta por envenenamento pela então madrasta, Cintia Mariano Cabral, em maio de 2022. O irmão de Fernanda, Bruno Cabral, de 16 anos, também foi envenenado, mas sobreviveu. Cintia está presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, enquanto aguarda novo julgamento.
Caso Henry Borel
Henry Borel morreu após ser agredido pelo padrasto. O processo tem como réus a mãe do menino, Monique Medeiros da Costa e Silva, e o então padrasto, Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho. Os dois serão levados a júri popular, ainda sem data marcada. O ex-vereador Jairinho está preso preventivamente no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8. Ele será julgado por homicídio e torturas.
Já Monique Medeiros responde ao processo em liberdade desde agosto de 2022, após decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A mãe do pequeno Henry chegou a ficar presa no Complexo de Gericinó e responde por homicídio e coação no curso do processo. Em março deste ano, o Conselho de Medicina do Rio cassou definitivamente o registro de Dr. Jairinho. Monique Medeiros foi afastada do cargo na Secretaria de Educação do Rio.
Caso dos irmãos envenenados
Em maio de 2022, uma mulher identificada como Cintia Mariano Cabral foi presa acusada pela morte da enteada, Fernanda Cabral, de 22 anos, e pela tentativa de homicídio contra o enteado, Bruno Cabral, de 16 anos. As investigações apontam que ela tentou envenenar os dois jovens com ‘chumbinho’. Desde então, ela está no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Na época, Cintia virou alvo quando um dos enteados passou mal após comer um feijão feito por ela. Os sintomas eram semelhantes ao de sua irmã Fernanda, que dois meses antes foi internada, mas não resistiu. Em um hospital do Rio, o adolescente passou por uma lavagem estomacal e então foi iniciada uma investigação policial para um possível envenenamento.
Depois de passar por um exame de corpo de delito, a polícia confirmou o envenenamento por chumbinho. Em seguida, foi feita a exumação do corpo de Fernanda para realização de um novo exame e também foram encontrados vestígios de envenenamento. Cintia Mariano já passou por uma audiência de custódia em setembro de 2022, mas algumas testemunhas faltaram e ela não falou. O próximo julgamento está previsto para acontecer no próximo dia 19 de abril.