Ao longo de mais de seis décadas de existência, a Globo construiu uma galeria de estrelas que marcaram gerações. No entanto, nem todos os artistas que assinaram contrato com a emissora tiveram uma trajetória longa ou duradoura. Entre os casos mais emblemáticos estão nomes como Gugu Liberato, Sérgio Mallandro, Luiz Thunderbird, Cazé Peçanha e Gorete Milagres.
Um dos episódios mais marcantes foi o de Gugu Liberato. Em 1987, no auge do sucesso com o Viva a Noite no SBT, o apresentador foi contratado pela Globo para comandar os domingos, em uma disputa direta com Silvio Santos. O cenário chegou a ser construído, com investimento milionário, mas o destino mudou em 1988: diante de problemas de saúde, Silvio propôs que Gugu permanecesse no SBT, oferecendo salário elevado e quatro horas de programa, transformando-o em seu sucessor. O contrato com a Globo acabou rescindido antes mesmo da estreia.
Sérgio Mallandro também viveu uma passagem breve. Após destaque no SBT com atrações infantis, foi para a Globo em 1990, onde participou da Escolinha do Professor Raimundo e ganhou o Show do Mallandro. Apesar da visibilidade, sua permanência durou pouco, e ele deixou a emissora em 1993.
Outros nomes da MTV, como Luiz Thunderbird e Cazé Peçanha, também não conseguiram firmar espaço. Thunderbird apresentou o TV Zona em 1994, mas a baixa audiência fez o programa sair do ar rapidamente. Já Cazé, contratado em 1999, estreou em 2001 com o Sociedade Anônima, que durou apenas nove semanas devido à rejeição do público e dificuldades técnicas.
Outro caso curioso é o de Gorete Milagres. A eterna Filó assinou contrato com a Globo duas vezes, em 1998 e em 1999, mas não permaneceu na emissora em nenhuma das ocasiões, retornando ao SBT, onde se consolidou como estrela de A Praça é Nossa. Sua única aparição na Globo ocorreu muitos anos depois, em uma participação em Malhação: Vidas Brasileiras (2018).