As buscas por Juliana Marins, brasileira de 26 anos que desapareceu no último sábado (21) durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, entraram em seu quarto dia com cenário crítico. Ela foi localizada por um drone a cerca de 500 metros de profundidade, em um ponto íngreme do vulcão, onde permanece isolada, sem água, comida ou vestimentas adequadas para o frio da altitude.
De acordo com informações apuradas, Juliana está usando apenas jeans, camiseta, luvas e tênis. Ela não tem abrigo nem proteção térmica, e as noites na região do vulcão — com mais de 3.700 metros de altura — podem chegar a temperaturas próximas de zero grau. As imagens feitas por drones mostraram a jovem aparentemente com vida, movendo os braços, mas sem força para se deslocar.
Fontes ligadas às autoridades locais e especialistas em sobrevivência em ambientes extremos traçaram um cenário duro: a estimativa da probabilidade de Juliana continuar viva após quatro dias exposta ao frio intenso, sem alimentação e principalmente sem água, gira entre 10% e 20%. Em um cenário mais otimista, essa margem pode chegar a até 30%, caso ela tenha conseguido se hidratar minimamente com orvalho, por exemplo.
A falta de equipamentos apropriados de resgate tem atrasado a retirada de Juliana do local. O terreno é extremamente íngreme, escorregadio e com forte neblina, o que tem dificultado tanto o acesso terrestre quanto o envio de helicóptero — alternativa que segue dependente de condições climáticas.
Enquanto familiares no Brasil pedem apoio urgente ao Itamaraty e reforço das autoridades diplomáticas, a pressão sobre o governo indonésio aumenta para viabilizar uma operação mais ágil. Cada hora se torna ainda mais decisiva para que Juliana Marins seja resgatada com vida.