Se você entrou nesta nota acreditando que veria Sikêra sem roupa, veio ao lugar certo, mas no sentido figurado, é claro. O polêmico apresentador esteve participando do programa No Alvo do SBT e não fugiu de nenhuma pergunta feita no programa. Quem conhece Sikêra não esperava menos do que isso. Mas os que sempre condenaram o jornalista saíram do programa de mãos atadas. A história de Sikêra ajuda até a entender os erros cometidos pelo apresentador e reconhecidos por ele.
Perseguido por opinião política, perseguido por opinião própria, perseguido até por rogar praga aos maconheiros. Talvez nem o próprio Sikêra tenha entendido isso até agora. O porquê? Sikêra acha que tudo isso começou por conta da política, mas ele está redondamente enganado. Quando se ataca o “sistema”, isso pode ser feito sem qualquer opinião política. Sikêra não percebeu que a perseguição começou na sua própria adolescência, quando ninguém queria se aproximar dele por ter repetido sete vezes a sétima série.
Como uma pessoa que não fez faculdade, não tem diploma, nunca sonhou em ser jornalista, tampouco apresentador, consegue se tornar um dos maiores comunicadores do país? Como o rapaz que veio de origem humilde, que caminhava para o fracasso na vida e nos estudos, constrói um patrimônio que muitos diplomados não conseguem? Sim, Sikêra cometeu erros, certamente, assim como eu, assim como você, leitor. Mas como os erros podem ter mais destaque do que a história de vida de uma pessoa?
Sikêra foi contra o sistema desde o início e, como uma rocha, enfrentou todos os problemas. Calou a boca de muita gente, literalmente enfrentou poderosos e nunca abaixou a cabeça. O No Alvo mostrou o jornalista “sem roupa”, para quem quisesse ver quem era Sikêra. Hoje, de maneira bem menor, o apresentador ainda sofre alguns comentários contrários por conta de sua posição política. Tentaram “cancelar” ele, atacaram patrocinadores e, o mais irônico de tudo isso, é que as pessoas que fizeram isso diziam defender a “democracia”. Mas a democracia não é viver em harmonia com quem pensa diferente? Pois é…