O portal LeoDias revelou com exclusividade trechos do processo que envolve o deputado Lucas Bove, acusado por sua ex-esposa, Cíntia Chagas, de violência doméstica. Os documentos descrevem comportamentos que contrastam fortemente com a imagem pública do parlamentar conservador e religioso.
De acordo com os relatos obtidos pelo veículo, testemunhas afirmaram que o político consumia maconha dentro de casa. A revelação provocou surpresa, especialmente porque se trata de um deputado bolsonarista conhecido por defender pautas morais e religiosas.
“Quando o depoente chegou à casa da vítima [Cíntia], foi até a varanda e viu uma ‘ponta de cigarro de maconha’. Achou estranho, pois sabia que a vítima não usava maconha. A questionou e ela falou que era do autor, causando estranheza no depoente, especialmente considerando que o autor é deputado de direita, religioso, braço direito do Bolsonaro.”
As denúncias, no entanto, vão além do uso da substância. Em outro trecho do processo, um relato impactante descreve o comportamento sexual do parlamentar. Conforme afirmou uma testemunha, ele só procurava intimidade sob efeito de drogas, sem respeitar a vontade da esposa.
“A depoente informa que, segundo a vítima lhe contou, o autor não gostava de ter relações sexuais com ela, exceto quando fumava maconha, ocasião em que queria ter relação sexual, independentemente de ela querer ou não”, afirmou a testemunha às autoridades.
TERCEIRA TESTEMUNHA:
Além disso, uma terceira pessoa ouvida no processo reforçou os relatos de agressão e comportamento invasivo. Ela não apenas descreveu marcas físicas no corpo de Cíntia, mas também disse ter presenciado atos de constrangimento explícito durante o período em que ficou hospedada com o casal.
“A vítima mostrou para a depoente que estava com diversas marcas pelo corpo. […] O autor falava: ‘Olha [depoente] o que eu faço com sua amiga, olha aqui, quero que você veja’ (sic), deixando a vítima e a depoente constrangidas.”