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Após criar “Lei Anti Oruam”, vereadora cancela convite ao rapper e ironiza prisão

Amanda Vettorazzo cancela convite ao rapper após sua prisão e reacende debate sobre a influência de artista no crime

Doralice Soriano
Repórter do EM OFF

A vereadora de São Paulo, Amanda Vettorazzo (União Brasil), anunciou nesta quarta-feira (26) o cancelamento do convite feito ao rapper Oruam para comparecer à Câmara Municipal e esclarecer suas supostas ligações com o crime organizado. A decisão foi tomada após a prisão do artista, que foi flagrado abrigando um foragido da Justiça em sua residência no Rio de Janeiro. Em tom irônico, a parlamentar comunicou o cancelamento nas redes sociais.

“Pessoal, estou cancelando meu convite ao Oruam vir para a Câmara esclarecer suas ligações com o crime organizado. Motivo: ele foi preso por ligação com o crime organizado”, escreveu Vettorazzo. A publicação rapidamente repercutiu e reacendeu o debate sobre a influência de artistas no cenário criminal, tema central do projeto de lei proposto pela vereadora.

A “Lei Anti-Oruam”, que segue em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo, busca impedir que recursos públicos financiem apresentações de artistas que promovam apologia ao crime ou ao uso de drogas. Segundo Vettorazzo, a proposta tem como objetivo “proteger crianças e jovens da influência de figuras que exaltam criminosos”. O projeto gerou grande polêmica e divide opiniões entre apoiadores e críticos.

Nas redes sociais, a prisão do rapper foi celebrada por alguns internautas, que enxergaram o desfecho como um reforço ao discurso da vereadora. “Zombou da polícia e agora foi preso de verdade”, comentou um usuário. “O tempo é o senhor da razão”, afirmou outro. Enquanto isso, o projeto segue em discussão, alimentando um intenso debate sobre a relação entre cultura, crime e liberdade de expressão.