Após ser flagrado ao lado de um homem durante uma visita a uma cafeteria em Joinville (SC) — onde também protagonizou uma confusão com o gerente do local — o padre Fábio de Melo se tornou alvo de críticas nas redes sociais. Diante da repercussão negativa, ele fez um longo desabafo nesta terça-feira (20/5), em seu perfil oficial no Instagram, revelando o desgaste emocional que tem enfrentado.
A companhia do padre no momento da polêmica era Leandro Rodrigues, o homem com quem foi flagrado. Nas imagens de segurança que circularam nas redes, os dois aparecem juntos na loja Havanna, no Shopping Joinville. Segundo o religioso, o motivo da confusão foi a divergência entre o valor indicado na prateleira e o preço cobrado no caixa. O gerente, ao ser questionado, teria se recusado a corrigir o valor, o que gerou mal-estar. O funcionário acabou demitido, e o episódio se espalhou pela internet.
No desabafo, Fábio de Melo escreveu:
“As pessoas querem odiar. Por qualquer motivo. Elas precisam eleger um foco para a manifestação de seus lados sombrios. O ódio virtual se manifesta da pior forma. Mentindo, caluniando, blasfemando contra o sagrado de nossas escolhas. Achincalhando as pessoas que amamos, nossos familiares e amigos”, inciou.
“A perseguição se tornou prática comum. E ninguém mais precisa de argumentos para ser cruel. Basta o desejo. Basta a necessidade. Me causa espanto o modo como os ataques se repetem em qualquer postagem que eu faça. Já não posso homenagear minha mãe, nem postar uma flor, sem que a maldade se manifeste em larga escala”, afirmou.
“Não sei como vocês têm sobrevivido às novas versões de guerras. Eu estou a um passo de desistir. Proteja-se. Em proporções diferentes, é claro, mas você está sob mira da mais assertiva armadilha que o Diabo criou: o mundo virtual”, concluiu.
O padre também esclareceu o episódio ocorrido na cafeteria. Ele afirmou que jamais ofendeu ou desrespeitou os funcionários e que apenas citou o Código de Defesa do Consumidor. Disse ainda que lamenta a demissão do gerente, mas ressaltou que não teve influência na decisão da empresa.
“Não sei o histórico dele na loja. Só dei meu testemunho. Nenhum estabelecimento está acima da Lei do Direito do Consumidor.”
Já Leandro Rodrigues, apontado como “acompanhante” do padre, trancou as redes sociais após ser alvo de especulações e negou qualquer envolvimento com sites de conteúdo adulto. “Meu conteúdo era de academia e só. Nunca postei e nunca postaria algo para me expor desnecessariamente”, afirmou.