A morte do jornalista Donizetti Adalto pode finalmente chegar à uma conclusão mais de 23 anos após ter ocorrido. Foi marcado para o próximo dia 25 de outubro a realização do julgamento do ex-vereador de Teresina, no Piauí, Djalma Filho, principal acusado de ser o mandante do assassinato. O comunicador foi assassinado em 1998, em uma emboscada.
O juiz Antônio Reis de Jesus Nolleto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri, designou que a sessão plenária de julgamento do ex-vereador seja realizada a partir das 08h30 do dia 25. Caso seja condenado, o ex-vereador Djalma Filho poderá pegar até 30 anos de cadeia. Fabrício de Jesus Costa Lima, João Evangelista de Meneses, Ricardo Luís Alvez de Sousa e Sérgio Ricardo do Nascimento Silva também são investigados.
O jornalista paraense Donizetti Adalto foi espancado e assassinado a tiros na madrugada do dia 19 de setembro de 1998, na Avenida Marechal Castelo Branco, no bairro Primavera, em Teresina (PI). Na época ele era candidato a deputado federal pelo PPS e o ex-vereador Djalma Filho estava no carro com ele. O ex-político é acusado por homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, meio cruel e a emboscada.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), baseado em inquérito policial proveniente do 2º Distrito Policial, o jornalista Donizetti Adalto foi morto numa emboscada, o que impossibilitou a sua defesa. De acordo com o portal GP1, foram desferidos vários tiros a queima roupa. O jornalista, ainda agonizando, foi torturado, ocasionando traumatismo nas unidades dentárias.
Donizetti Adalto voltava de um comício quando foi abordado por homens armados em motocicletas. Ele estava no mesmo carro que Djalma Filho quando foi executado, mas o ex-vereador não sofreu nenhum ferimento. O jornalista era paraense, mas morava em Teresina e apresentava um dos programas de maior audiência da TV piauiense.
A inclusão em pauta de julgamento da ação penal foi solicitada pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, em junho deste ano. Segundo o site Piauí Hoje, no despacho proferido no dia 11 de junho, o juiz afirma que no processo constam informações necessárias para o julgamento do ex-vereador. Diligências foram realizadas para localizar exames periciais e demais laudos solicitados pela defesa de Djalma Filho
Todo o material encontrado foi anexado aos autos, tendo em vista que se trata de um processo antigo, de 23 anos. Em uma decisão proferida no dia 14 de setembro, o juiz frisa que o processo está pronto para julgamento. “Não há que se falar em violação ao princípio da ampla defesa”, explicou. “Constam informações suficientes para permitir a apreciação da causa pelo Conselho de Sentença“, ressaltou.