Longe das novelas inéditas há sete anos, Lucinha Lins segue presente na TV com reprises de suas antigas produções. Atualmente, a atriz pode ser vista em A Viagem (1994), no canal Viva, e O Rico e Lázaro (2017), na Record. Em novembro, ela retornará à programação com a reexibição de Roque Santeiro (1985). No entanto, Lucinha lamenta não receber remuneração justa por esses trabalhos: “Passam reprises das quais fiz parte, mas eu não ganho um tostão”, declarou.
Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Lucinha criticou a falta de retorno financeiro, especialmente nas plataformas de streaming. “É muito feio explorar o trabalho do ator dessa forma”, disse, destacando que a legislação atual não garante o pagamento de direitos autorais para conteúdos disponibilizados online. A atriz defende que “direito autoral e de imagem devem existir para a vida toda de um artista”.
A situação não é exclusiva de Lucinha. Outros atores, como Glória Pires, Mateus Solano e Sergio Marone, também manifestaram insatisfação com os valores recebidos por reprises. A Globo afirma que cumpre todos os pagamentos referentes aos direitos autorais conforme os contratos, enquanto a Record informou que paga os direitos 90 dias após o início das reprises, o que significa que Lucinha só deve receber por O Rico e Lázaro em janeiro de 2025.
A atriz também abordou a falta de convites para novas produções e afirmou que o etarismo afeta a profissão. “Tenho 71 anos e muitas histórias para contar, mas depende de me chamarem”, lamentou. Recentemente, Lucinha fez uma participação especial no remake de Dona Beja, da plataforma Max, e relembrou com carinho sua estreia na Globo em Roque Santeiro, descrevendo a experiência como um “desafio enorme” e um dos momentos mais inesquecíveis de sua carreira.
