O renomado cantor baiano Caetano Veloso, em um encontro com o Papa Francisco no Vaticano na semana passada, entregou uma carta que expressa sua profunda preocupação em relação ao aumento da insegurança não apenas na Bahia, seu estado natal, mas também no Rio de Janeiro, onde ele reside.
Nessa carta, Caetano Veloso compartilha sua inquietação diante do agravamento da violência que tem assolado o Brasil. Ele faz um apelo ao Santo Padre para que direcione sua atenção e suas preces ao nosso país, buscando inspirar ações e mudanças que possam aliviar essa crise crescente.
Na Bahia, observamos uma escalada de conflitos envolvendo facções criminosas e um número alarmante de mortes resultantes de ações das forças de segurança. É importante ressaltar que, historicamente, a Polícia Militar baiana tem uma letalidade significativa, superando até mesmo a notória polícia do Rio de Janeiro nesse aspecto.
Apenas no mês de setembro, segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, lamentavelmente, 68 pessoas perderam a vida em confrontos com a polícia baiana. Um episódio recente que chama a atenção ocorreu em Santo Amaro, no Recôncavo baiano, em que quatro homens perderam suas vidas em um confronto com policiais militares.
A denúncia sobre atividades de tráfico de drogas na Rua da Prainha levou os policiais até o local, onde foram recebidos com tiros. Ao final da operação, quatro suspeitos foram encontrados feridos. A entrega dessa carta por parte de Caetano Veloso ao Papa Francisco destaca a crescente preocupação de cidadãos e figuras públicas com a questão da segurança e da violência no Brasil.