Carlinhos Maia abre o jogo e fala sobre a prisão de Huytalo Santos e sexualização de crianças

Durante uma conversa no PodDelas, na noite desta terça-feira (4/11), Carlinhos Maia decidiu comentar publicamente as acusações contra Hytalo Santos, preso desde 15 de agosto. O criador de conteúdo enfrenta denúncias que envolvem tráfico de pessoas, exploração sexual de adolescentes, trabalho infantil e lavagem de dinheiro. Carlinhos afirmou que o caso exige uma análise mais profunda e sugeriu que o influencer pode estar servindo como “bode expiatório”.

No entanto, ao relembrar que Hytalo foi detido em Carapicuíba, na Grande São Paulo, ao lado do marido, Israel Natã Vicente, conhecido como Euro, Carlinhos explicou que sua visão vem de experiências pessoais vividas em comunidade. “Eu acho que se essas acusações, se todas essas coisas forem verídicas, aí que se foda, óbvio. Se, dentro dessa questão, for sobre ele filmar como ele filmava as vizinhas, as crianças, eu tenho uma opinião mais fria de quem viveu a comunidade, principalmente no nordeste”, declarou.

Na sequência, o humorista destacou o papel da sexualização no ambiente social das periferias. “Acho que as pessoas estão desconectadas do que é a periferia. A periferia é putaria 24 horas, porque os pais colocam pros filhos ouvirem músicas de escracho o tempo todo. Mas você não pode cobrar de um influenciador aquilo que você faz o tempo todo. É muito controverso”, pontuou. Ele argumentou que há um contexto cultural ignorado quando o debate chega ao público.

INFLUENCIADOR DETONA REDE SOCIAL:

Além disso, Carlinhos ampliou a discussão para o impacto das redes sociais e do comportamento coletivo. “Mas é só você olhar em volta. No TikTok, mais sexual do que aquilo? Então, é uma coisa a ser discutida muito além desse influenciador. É uma discussão muito mais profunda. Não estou defendendo, mas tem que ter uma análise geral das plataformas digitais, das pessoas que criticam de longe”, afirmou, chamando atenção para a complexidade do tema.

Por fim, o influenciador afirmou que o caso pode simbolizar uma tentativa de responsabilizar uma única pessoa por um fenômeno social muito maior. “Esse negócio de filmar rebolando até o chão, as meninas de 14 anos estão o tempo todo. A sexualização está muito nas pessoas. Tem que ver até que ponto estão usando um bode expiatório para dizer que resolveram um problema, quando ele é muito mais profundo do que colocar um influenciador na cadeia”, finalizou.

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