Vítima?

Danilo Gentili diz que Jair Bolsonaro tentou destruir sua carreira

o apresentador fez um desabafo em suas redes sociais explicando o ocorrido

Beatriz Aguiar
Repórter do EM OFF

Na madrugada desta segunda-feira (02), o apresentador Danilo Gentili fez uma retrospectiva do seu ano de 2022. No entanto, durante suas lembranças, ele alegou que sofreu uma perseguição política por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O humorista, que é bastante conhecido por suas polêmicas, chegou a debochar também da quantidade de processos e pedidos de prisão que recebeu ao longo de todo o ano. 

Em seu perfil oficial do Twitter, ele citou a tentativa de censura em um dos seus filmes. Gentili alegou que Bolsonaro tentou desgastar a sua imagem e afirmou que sofreu pressão do governo. “Foi mais um ano sofrendo pressão de mais um governo tentando desgastar a minha imagem e tentando fazer eu perder a minha carreira, porém hoje, mais uma vez, eu assisti muitas das pessoas que pediram a minha cabeça perdendo as delas. Eu continuo aqui, firme e forte 😉 ”, escreveu.

Ele ainda intensificou suas postagens com críticas a Bolsonaro. Recentemente, o apresentador debochou do ex-presidente por ter deixado o país antes de acabar seu mandato. “Ô Eduardo Bolsonaro me explica uma coisa porque eu não quero errar aqui no meu pensamento: o seu papai machão fugiu chorando para os EUA igual uma criancinha mimada usando o nosso dinheiro ou ele foi para a Disney entregar pen drives secretos para o Mickey nos ajudar”, publicou. 

Vale lembrar que em março de 2022, o  filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, que foi lançado em 2017, se tornou um alvo de ataques de bolsonaristas que acusaram o comediante de fazer apologia à pedofilia. Devido a quantidade de alegações, o projeto sofreu uma tentativa de censura e teve sua disponibilização suspensa nas plataformas de streaming. A determinação surgiu após o Ministério da Justiça e Segurança Pública avaliar o caso. 

Na época, o comediante Fábio Porchat também virou alvo dos ataques bolsonaristas por compactuar e fazer parte de uma produção considerada de “baixo cunho”. No longa, ele interpreta Cristiano, um homem que possuía desvios sexuais e dono do caderno que seu ex-colega, interpretado por Danilo, rouba para poder escrever o “guia do pior aluno”. Posteriormente é encontrado por Pedro (Daniel Pimentel) e Bernardo (Bruno Munhoz).

Porém, a determinação foi derrubada logo em seguida, quando o Ministério alterou a classificação indicativa do filme, que passou a ser apenas para maiores de 18 anos por conter, segundo a pasta, “coação sexual, estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa”. Anteriormente, a produção possuía uma indicação para maiores de 14 anos. Desta maneira, a produção conseguiu voltar a circular normalmente.