O apresentador de TV e candidato a prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Luiz Datena, ainda está se acostumando na inversão de papéis entre ser imprensa e agora, passar a fazer o papel de político. Nos seus últimos compromissos de campanha, em entrevistas, sabatinas e no primeiro debate entre os candidatos à prefeito da capital, o apresentador tem se envolvido em polêmicas por bater boca com os entrevistadores, e Datena admitiu que ainda está se acostumando com essa nova condição.
Nesta segunda-feira, 13, Datena foi o entrevistado no programa Roda Vida, da TV Cultura e falou sobre o seu desempenho do debate ao responder uma pergunta da jornalista Fabíola Cidral, que citou uma pesquisa Quaest em que o nome de Datena foi bastante citado por ocasião do debate, mas citado de forma negativa e pergunta, “como é que o senhor avalia o seu desempenho no debate?”.
“Eu não vou falar um palavrão aqui, porque ia pegar mal. O meu desempenho foi muito abaixo da minha expectativa e da expectativa de todo mundo. Sabe por que? Porque como eu sou considerado um bom apresentador, se esperava mais do comunicador do que do candidato. E eu fui julgado mais como comunicador do que como candidato. E tá certo, a crítica é justa”, afirmou Datena.
O candidato ressaltou ainda que não está acostumado com regras de debate, em falar seguindo o tempo estabelecido e acrescentou ainda que foi atrapalhado. “Mas eu aceito as regras do jogo e tenho que aprender a jogar. O meu desempenho foi muito ruim, dentro da minha expectativa. Eu não fui aquilo que eu pensava que seria. Eu subestimei, inclusive, o debate, achei que por ser um bom apresentador de televisão eu fosse dar um show nos caras, com regras, mas eu não me acostumei com o tempo no relógio”.
Datena então afirma que além de não ter achado que foi bem, ainda acrescenta que foi atrapalhado pelo candidato Ricardo Nunes e pelo mediador do debate, o jornalista Eduardo Oinegue. “Aquela intervenção negativa do Ricardo e do apresentador no momento em que foi feio pedido de [direito] de resposta, em voz alta, atrapalha o meu raciocínio, tanto que eu olho para eles. E quando começa errado, dá errado. Como eu fui mal como apresentador, como comunicador, ficou comprometido o candidato, que não soube dizer absolutamente mais nada a partir dali”, concluiu.
