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Datena não quer cumprimentar eleitores em São Paulo e revela ‘medo’

Coordenadores da campanha de Datena para a prefeitura de São Paulo tentam vencer a resistência do candidato em agendas em locais públicos

Juarez Oliveira
Repórter do EM OFF

A campanha eleitoral propriamente dita terá início apenas na sexta-feira, 16, quando os candidatos poderão pedir votos de maneira explícita e divulgar o seu número. No entanto, as campanhas já estão nas ruas há muito tempo em todo o país, com o período chamado de pré-campanha, onde os candidatos cumprem todos aqueles ritos característicos desse período: cumprimentar e abraçar a todos, pegar crianças nos braços, comer pastel de feira. Mas o candidato à prefeitura de São Paulo José Luiz Datena destoa dos demais, por não reproduzir esse mesmo comportamento.

Pela primeira vez levando uma candidatura eletiva à frente, a apresentador José Luiz Datena, que já havia especulado sair candidato em outras oportunidades, mas voltou atrás, dessa vez está cumprindo com todos os ritos ‘obrigatórios’ de candidatos a prefeito, visitando feiras, praças e estações de transporte, mas, no caso de Datena, sem os apertos de mãos e abraços característicos desse período.

De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo, articuladores da campanha do PSDB, partido de Datena, tentam vencer a resistência do candidato promover agendas públicas. O próprio Datena afirmou à reportagem que sua preocupação é com a integridade física do público que acompanha esse tipo de evento e que ele quer evitar a formação de aglomerações.

A reportagem apurou ainda que Datena reclamou com o partido em relação à falta de cuidados com a sua exposição e segurança, uma vez que o candidato, como apresentador de TV, era um crítico contumaz do crime organizado, sobretudo a facção PCC. Datena também informou que quer evitar a formação de aglomerações. “Tem que ter essa preocupação. Não quero, sem falsa modéstia, criar problema, aglomeração, empurra-empurra. Quero evitar um pouco. Não evitar o povo, mas evitar problemas para o povo”.