A influenciadora Deolane Bezerra foi presa nesta quarta-feira (4), em Recife, no Pernambuco, por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. De acordo com a Polícia Civil, foi decretado o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações e bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões, de vários alvos da operação.
De acordo com informações do jornalista Paulo Capelli, do Metrópoles, a advogada deve ser encaminhada em breve para a Colônia Penal Feminina do Recife, mais conhecida como Bom Pastor, após deixar o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados. A informação foi confirmada pelo counista com fontes da Polícia Civil, responsável pela operação.
3 refeições e presídio referência
A advogada enfrentará uma realidade totalmente alheia à sua vida luxuosa e precisará dividir uma cela coletiva com outras detentas, tendo direito apenas a três refeições por dia. Uma pesquisa publicada em 2018 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicou que o Bom Pastor é uma das quatro unidades prisionais femininas do país tidas como modelo.
A pesquisa, que classificou o presídio como referência, levou em consideração boas práticas no atendimento à mulher, especialmente às mães presas. Os outros estabelecimentos que se destacaram no país foram: Unidade Materno Infantil (RJ), Penitenciária Feminina de Cariacica (ES) e Presídio Feminino Santa Luzia (AL).
Operação Integration
Outras 18 pessoas também foram alvos de mandados de prisão na chamada Operação Integration, que prendeu a influenciadora e mobilizou 170 agentes em Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO), além de Recife.
Versão de Deolane Bezerra
A defesa da ex-Fazenda se manifestou nesta quarta-feira sobre a prisão. A advogada Adélia Soares, em nota, afirmou que a operação pegou “todos de surpresa” e alegou que “toda a investigação é sigilosa”. “De antemão informamos que nossas clientes possuem condutas inquestionáveis e nunca se negaram a prestar qualquer tipo de esclarecimento, tal qual farão agora”, escreveu a jurista.
Segundo informações cedidas pela jornalista Fábia Oliveira, do Metrópoles, a advogada respondeu à Polícia Civil questionamentos sobre sua renda mensal e a origem do dinheiro, se tem envolvimento com lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores provenientes de crimes, além de dúvidas sobre sociedades e administração das suas empresas.
No seu depoimento, a influenciadora afirmou ter uma renda aproximadamente R$ 1,5 milhão e negou qualquer envolvimento com esquemas de lavagem de dinheiro e disse que sua relação com a empresa investigada, a Esportes da Sorte, é apenas para realização de publicidade.