LUTO

Dramaturgo Zé Celso não resiste a queimaduras e morre aos 86 anos

De acordo com o jornal O Globo, ele estava na UTI do Hospital das Clínicas em São Paulo

Danilo Reenlsober
Repórter do EM OFF

O ator, diretor e dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, conhecido como Zé Celso, morreu na manhã desta quinta-feira (06), em São Paulo, aos 86 anos. Ele havia sido internado na terça-feira (04) com mais da metade do corpo queimado após um incêndio na própria casa. Intubado, ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas.

Na última terça-feira, a sobrinha do diretor teatral, Beatriz Correa, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que o estado de saúde do tio era considerado grave. “Ele precisou ser intubado. Apesar da situação ser grave, fomos informados de que ele está estável”, diz. Ontem, a médica Luciana Domschke, que acompanhava o artista há anos, revelou um agravamento no estado de saúde do dramaturgo.

De acordo com a 36º DP (Vila Mariana) da Polícia Civil, que investiga as causas do incêndio, o incêndio começou por volta das 7h30 da terça-feira. De acordo com vizinhos, a suspeita é que o fogo tenha começado após um curto-circuito do aquecedor. As chamas logo se alastraram para móveis e atingiram também as roupas que o dramaturgo vestia.

53% do corpo queimado

Ainda de acordo com Luciana, quando Zé Celso chegou ao Hospital das Clínicas foi sedado e os enfermeitos fizeram curativos em “uma área relativamente extensa”. No fim da tarde, ele foi transferido para a UTI. “Aconteceu uma fatalidade e ele está queimado. Paciente queimado é sempre grave. Ele venceu a primeira etapa, que foi sair do apartamento com vida, foi atendido pelo Samu e foi entubado por protocolo”.

Ao todo, o ator e diretor teve cerca de 53% do corpo queimado. Além de Zé Celso, Marcelo Drummond, Victor Rosa e Ricardo Bittencourt, que fazem parte do Teatro Oficina e que estavam no apartamento no momento do incêndio, se encontram estáveis e em observação pela inalação de fumaça.

Segundo o Corpo de Bombeiros, Zé Celso sofreu queimaduras de segundo grau na região do rosto, braços, mãos e pernas. Ele foi encontrado deitado no chão no quarto por Victor, que também foi o responsável por puxar o dramaturgo do cômodo. Ele apresentava diversas queimaduras. O apartamento de Zé Celso fica no sexto e último andar de um prédio no Paraíso, Zona Sul de São Paulo.

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