Após muita polêmica do caso Mari Ferrer, a decisão judicial saiu em segunda instância. Por três votos a 0, André de Camargo Aranha foi inocentado por unanimidade. Ele havia sido absolvido em primeira instância há um ano e a defesa da influenciadora recorreu da decisão e só hoje (07/10), desembargadores de Santa Catarina julgaram o caso, alegando falta de provas.
O Tribunal de Justiça concluiu em 2020 que não houve dolo na ação do empresário de 45 anos, pois não tinha como ele saber da vulnerabilidade da vítima. Na época The Intercept divulgou vídeos contendo trechos do julgamento e que mostrou Mari Ferrer sendo humilhada pelo advogado de André, Cláudio Gastão da Rosa Filho.
A publicação gerou uma onda de milhares de compartilhamentos nas redes sociais em favor da influenciadora e a hashtag #justiçaporMariFerrer figurou nos primeiros lugares dos trending topics do twitter e dos assuntos mais acessados na época da exposição das imagens humilhantes.
Por causa da repercussão, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Mari Ferrer, que agora tramita no Senado. O projeto busca assegurar proteção às vítimas de crime contra a dignidade sexual, além de proibir que vítimas e testemunhas sejam ofendidas durante as audiências.
Após a exposição do caso de estupro, Mari Ferrer saiu das redes sociais e se manteve longe da vida pública após processo movido por André Aranha, fazendo com que a conta dela no Instagram fosse suspensa, mas a ação foi vencida em primeira instância pela jovem. Depois que André foi absolvido em primeira instância em 2020, a influenciadora voltou às redes fazendo postagens sobre o caso, pedindo justiça para seu trauma.
Recentemente, ela fez uma postagem mostrando laudo psicossocial de estresse pós-traumático, ansiedade e síndrome do pânico. Além das fotos dos laudos médicos e psiquiátricos, ela postou imagens de receita de medicamentos e fotos dos olhos inchados. Anteriormente, fez uma postagem com fotos de sua infância e escreveu na legenda, apoio àquelas mulheres que não tem apoio familiar:
“Para as sobreviventes que não tem a família completa ou não tem o apoio da mesma, saibam que eu acredito em vocês. eu estou com vocês e juntas formamos um exército imbatível de Deus. nunca se esqueçam disso, por favor! vocês são importantes”, disse a jovem.
Entenda
No final de 2018, Mari Ferrer estava se divertindo no Café de La Music, casa de festas localizada em Florianópolis, Santa Catarina e que tinha a influenciadora como embaixadora. A moça então fez um boletim de ocorrência afirmando que foi estuprada e que teve um lapso de memória e que por isso não se recordava de tudo o que tinha acontecido e acreditava ter sido dopada. Após imagens fornecidas pela casa de festas, a polícia constatou que um homem saiu acompanhando Mari Ferrer dentro da casa e que esta pessoa era André Aranha.