EXPLICADO !

Entenda por que o jogador Vini Jr. e a influenciadora Virgínia não se assumem

Diante desse cenário, o público passa a questionar: por que tanta reserva, mesmo em meio a tanta exposição?

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Neto Maciel, Repórter do EM OFF

O suposto relacionamento entre Virginia Fonseca e Vini Jr. continua movimentando a web, mesmo sem qualquer declaração oficial dos envolvidos. Com viagens frequentes para Madrid, visitas à casa do jogador e publicações repletas de indiretas, os dois mantêm o silêncio. Diante desse cenário, o público passa a questionar: por que tanta reserva, mesmo em meio a tanta exposição?

Enquanto os fãs seguem atentos a cada indício, especialistas apontam, para a Coluna de Fábia Oliveira, possíveis razões por trás dessa escolha pela discrição. Além da fama, essa postura também reflete questões emocionais, padrões sociais e diferentes maneiras de lidar com a própria imagem pública. Portanto, em vez de especular, vale refletir sobre o que está por trás das relações que acontecem longe dos holofotes.

A terapeuta tântrica Dri Linares destaca que figuras públicas enfrentam um dilema real ao decidir se assumem ou não um romance. “Alguns homens não assumem suas parceiras por insegurança, medo do julgamento público ou receio de perder a liberdade. Existe ainda a pressão da imagem: assumir um relacionamento pode mudar a forma como são vistos profissionalmente”, afirmou ela.

Segundo Dri, mais importante do que decidir se a relação deve acontecer de forma pública ou privada, o casal precisa alinhar suas expectativas de maneira clara. “O que faz bem não é viver no off ou nos holofotes, mas sim alinhar expectativas. Há quem valorize a privacidade, outros entendem a exposição como prova de compromisso. O essencial é que ambos conversem e estejam confortáveis com a decisão”, observou a especialista.

ENTENDA A VISÃO DA PSICOLOGIA:

Por outro lado, a psicóloga Anastácia Barbosa relaciona esse comportamento com construções sociais ainda muito presentes. “Ainda existe uma lógica que legitima o homem como livre, desejado, sempre disponível, enquanto coloca a mulher como alguém que deve esperar ser escolhida. Muitas vezes, o homem não assume não porque não exista relação, mas porque assumir publicamente significa abrir mão de um capital simbólico de poder masculino”, analisou.

Além disso, Anastácia chama atenção para os impactos dessa diferença entre a vida pública e a privada. “Nem sempre expor fortalece, nem sempre esconder protege. O importante é manter coerência: quando o casal vive a relação intensamente no privado, mas apaga no público, essa atitude gera um desequilíbrio — especialmente para a mulher, que muitas vezes sente-se invisibilizada. O que faz bem é o que garante reconhecimento mútuo e autenticidade”, disse.

Por fim, a psiquiatra Renata Gandini Vieira amplia o debate e propõe uma análise mais profunda sobre os fatores que influenciam esse comportamento. “Podemos pensar em fatores individuais, como a história psíquica e os estilos de apego, e em fatores sociais e culturais que definem o que significa ser homem”, explicou. Segundo ela, esconder o relacionamento pode ajudar a proteger a relação, mas também pode revelar conflitos internos. “Manter a relação em off pode proteger o vínculo, diminuir a pressão social e permitir resolver conflitos sem plateia. Já a exposição excessiva tende a criar uma competição silenciosa, a pressão para parecer feliz e atritos que talvez não existissem sem tanta visibilidade”.