O influenciador Hytalo Santos e seu marido, Israel Natã Vicente, estão presos em Carapicuíba, São Paulo, desde sexta-feira (15), acusados de tráfico de pessoas e exploração sexual infantil. As autoridades basearam a ação em investigações do Ministério Público do Trabalho da Paraíba e da Polícia Civil local.
Ex-funcionários do casal concederam depoimentos ao Fantástico, da Globo, neste domingo (17/8). Mas, eles revelaram um rígido controle sobre os menores que viviam na residência de Hytalo em João Pessoa. Segundo eles, o influenciador decidia horários de alimentação, sono e até uso do celular. No entanto, um dos relatos afirma: “Inclusive já teve filmagens que ele fez pra postar na rede social, que as crianças estavam indo pra escola e, após desligar as câmeras, elas não iam pra escola.” Outro ex-funcionário relatou: “Eu presenciei muita festa, bebida, e a bebida era vontade pra todo mundo. Todos bebiam, sem restrição.”
Além disso, os jovens gravavam vídeos diários, muitas vezes com coreografias sensuais, que Hytalo publicava nas redes sociais. Mas, esses conteúdos geravam lucros expressivos por meio de publicidade, rifas e sorteios online. Uma ex-funcionária ainda revelou que uma das adolescentes engravidou durante a estadia e perdeu o bebê.
VEJA O MOMENTO NO VÍDEO ABAIXO:
"Hytalo tinha muito medo de que as pessoas filmassem o que ele era por trás das câmeras!"
— Sérgio Santos (@ZAMENZA) August 17, 2025
"Ele deixava que os adolescentes bebessem?"
"Sem restrição."
"Uma adolescente engravidou em uma das festas e perdeu o bebê."
GENTE… #Fantástico pic.twitter.com/C8JiPG1LfG
ENVOLVIMENTO DOS PAIS DE MENORES:
Os pais dos adolescentes recebiam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil mensais para permitir que seus filhos morassem com o casal. Entretanto, conselheiros tutelares informaram que nunca receberam denúncias formais das famílias, que vivem principalmente em Cajazeiras, cidade natal de Hytalo.
Durante a prisão, a polícia encontrou quatro celulares com cada detido. A defesa afirma que eles estavam em São Paulo a passeio e nega qualquer irregularidade, descrevendo a prisão como “um exagero tremendo”. Um dos advogados declarou:
“Se os fatos causam indignação é uma outra abordagem para a situação, mas prendê-lo por conta disso me parece um exagero tremendo. A ideia de exploração sexual que foi pintada, acho que ela transborda da realidade muito.” O Ministério Público da Paraíba, por sua vez, sustenta que há provas suficientes de exploração de menores, com adolescentes sendo aliciados em outras cidades e submetidos a trabalho forçado em João Pessoa.