Jorge de Sá, filho da cantora Sandra de Sá, se pronunciou pela primeira vez após ser alvo de uma investigação do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil que visa apurar possível crime de estelionato e falsidade documental.
O que aconteceu?
O empresário mantém uma empresa de bolsa de estudos em escolas dos Estados Unidos. Com isso, famílias de São Paulo afirmam terem pago pelas vagas, mas que os filhos ficaram sem estudar. O ator se pronunciou por meio de um comunicado enviado à coluna Fábia Oliveira, onde se defendeu e fez um longo desabafo, afirmando que as acusações não eram verídicas e que ficou assustado com a investigação.
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“Eu trabalho há oito anos com bolsas acadêmicas esportivas, com grande visibilidade nas redes sociais, e me comprometo responsavelmente com isso”, garantiu. “Quando vi a matéria, mesmo entendendo que existem vários desafios nesse processo de captação de bolsas, fiquei muito assustado com as inverdades e com essa investigação, que desconhecia”, afirmou. Jorge disse que, apesar de fornecer acesso a tais instituições, nunca se apresentou como representante oficial delas.
“Foi dito na investigação que os jovens não tiveram acesso às bolsas, o que é uma mentira: eles tiveram acesso! É importante destacar que esses jovens não pagaram o valor integral da instituição. Eles fazem parte de um programa no qual arcaram com valores consideravelmente mais baixos, em média 50% do valor integral. Com isso, cabia ao DCEI o compromisso de apresentar propostas de bolsas, o que foi feito. Cumprimos nosso objetivo e trouxemos propostas para esses jovens em instituições renomadas no exterior”, disse.
Apontamento infundado?
A denúncia aponta, ainda, que as vítimas descobriram que não havia qualquer possibilidade de custo fixo para obtenção de bolsa e que todos os pagamentos eram feitos diretamente à escola. Segundo Jorge de Sá, o apontamento é infundado. “Cada escola decide sua forma de atuar e, na maioria dos casos, agências de intercâmbio recebem o valor e o repassam para a escola. Isso é um procedimento comum. Algumas escolas recebem diretamente dos pais, outras não”, disse.
Comprovante falso
Jorge de Sá também respondeu à acusação de que teria apresentado comprovantes de transferência bancária supostamente falsificados no valor de 4.500 dólares para uma das vítimas. “Isso não é verdade. Tratava-se de valores repassados à empresa, como acontece em diversas agências, e posteriormente transferidos à instituição”, garantiu.
“No caso específico do valor de 4.500 dólares, a transação foi iniciada, o comprovante foi emitido, mas, devido a uma questão documental, o valor retornou. A transação foi, então, cancelada e refeita logo em seguida, e o pagamento para a escola foi devidamente concluído”, afirmou.
Ainda de acordo com a denúncia, publicada pela Veja, as vítimas teriam se unido em um grupo de Whatsapp. Ao todo, o prejuízo das supostas vítimas chegaria a R$ 1 milhão. O ator reagiu ao grupo citado. “A matéria menciona um grupo de mais de 100 pessoas supostamente lesadas. Não tenho conhecimento desse número e me disponho a verificar, pois o que tenho acesso aqui é a um número infinitamente menor de famílias que solicitaram o reembolso por desistência própria”, disse.
Por fim, Jorge de Sá garantiu que muitos estudantes estão estudando nos Estados Unidos com ajuda do seu trabalho. “Temos jovens e estudantes atletas, meninos e meninas, em diversos esportes e instituições de ensino no exterior, seja High School ou College, desfrutando de um ensino de qualidade e alto rendimento esportivo”, afirmou.
“Temos a tranquilidade de, no nosso programa, poder dizer que todas as famílias que entregaram a documentação solicitada, que fizeram todos os processos e indicaram a data de embarque receberam a proposta de bolsa conforme o compromisso da nossa empresa”, afirmou. “Seguimos atuando normalmente, com diversos embarques feitos na temporada de fevereiro e embarque já garantidos para agosto”, disse.