A Justiça Federal de São Paulo condenou Léo Lins por falas preconceituosas. O humorista recebeu pena de oito anos e três meses de prisão em regime fechado. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o vídeo acumulou mais de três milhões de visualizações. De acordo com informações, a decisão saiu na última sexta-feira (30/5).
Além disso, o juiz determinou multa de R$ 1,4 milhão e indenização de R$ 303,6 mil. No entanto, o MPF argumentou que o conteúdo violava direitos fundamentais. Por isso, a Justiça acatou integralmente o pedido de condenação. A sentença apontou o tom de “diversão” como agravante.
Porém, durante o show, Léo Lins reconheceu o teor ofensivo de suas piadas. Ele demonstrou indiferença à reação das vítimas e assumiu os riscos. Mas, o juiz destacou a consciência do réu sobre possíveis consequências judiciais. Por tanto, isso pesou na definição da pena.
No vídeo, o humorista atacou diversas minorias sociais. A lista inclui negros, indígenas, obesos, homossexuais, entre outros. Mesmo após um ano, o vídeo continuava circulando amplamente. Só então, a Justiça ordenou a retirada do conteúdo.
Por fim, o juiz reforçou que liberdade de expressão tem limites. “Devem prevalecer a dignidade humana e a igualdade jurídica”, diz a decisão. A Justiça classificou o vídeo como estímulo à intolerância. A defesa de Léo Lins ainda não se pronunciou.