No início da noite dessa sexta-feira (19), começaram a circular, pelas redes sociais, fotos do Nego Di na penitenciária de Canoas, no Rio Grande do Sul. Nas fotografias em questão, o comediante aparece de frente e de perfil, naquelas imagens de praxe que são feitas quando uma pessoa é presa, também conhecido como Mugshot. O objetivo original dessa imagem é permitir que a aplicação da lei tenha um registro fotográfico de um indivíduo detido para viabilizar a identificação do acusado às vítimas, ao público e aos investigadores.
Nego Di foi preso, no último domingo (14), pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul acusado do crime de estelionato. Segundo informações divulgadas pelas autoridades, no momento da prisão, o humorista estava na praia de Jurerê Internacional, localizada em Santa Catarina. O caso vinha sendo investigado desde 2022 pela Polícia Civil e o comediante é suspeito de ter causado prejuízo a cerca de 370 clientes.
O ex-BBB possuía uma loja virtual, mas acontece que as vítimas apontaram que nunca sequer receberam os produtos adquiridos no comércio online do humorista. Segundo levantamento dos investigadores, a movimentação bancária de Nego Di, na época da loja, ultrapassa o valor de R$5 milhões. Em 2023, o sócio do comediante na empresa “Tadizuera”, Anderson Boneti, teve prisão preventiva decretada pela Justiça.
O rapaz chegou a ser preso em 25 de fevereiro do ano passado, mas foi solto dias depois. A Polícia Civil revelou que tentou localizar Nego Di por diversas vezes para intimá-lo, mas não obtiveram sucesso. A loja do ex-BBB funcionou por pouco tempo, de 18 de março a 26 de julho de 2022, mas, ainda assim, parece ter feito grande estrago. O comediante utilizava suas redes sociais para divulgar os produtos da empresa, que, muitas vezes, apareciam com preços muito abaixo do mercado.
De acordo com informações da Polícia Civil e como mencionado anteriormente, o que aconteceu foi que muitos de seus seguidores compraram os produtos, mas nunca chegaram a recebê-los. De acordo com as investigações, a loja “Tadizuera” sequer tinha um estoque. Apesar de toda a situação e de os clientes não receberem os produtos, o dinheiro depositado na conta pelos compradores foi movimentado do mesmo jeito.