A Justiça da Paraíba determinou o bloqueio do acesso de Hytalo Santos às redes sociais e proibiu que o influenciador tenha contato com menores de idade citados no processo que o investiga por expor crianças e adolescentes em vídeos com conteúdo sexual. A medida, de caráter provisório, atende a um pedido do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
A promotora Ana Maria França, da cidade de Bayeux, também solicitou, e teve o pedido acatado, que os vídeos de Hytalo sejam desmonetizados, impedindo qualquer retorno financeiro ao influenciador. Outro inquérito, conduzido pelo promotor João Arlindo, em João Pessoa, segue em andamento e deve ser concluído na próxima semana.
O MP informou que Hytalo Santos foi ouvido em Bayeux no dia 30 de maio de 2025, mas as vítimas não prestaram novo depoimento para evitar revitimização, já que já haviam sido ouvidas no processo de João Pessoa. No outro braço da investigação, o influenciador também foi interrogado e negou todas as acusações.
A conta do influenciador no Instagram saiu do ar na sexta-feira (8), após o humorista Felca denunciar suposta exploração sexual de menores. O MP não foi responsável pela suspensão inicial, mas pediu que a medida fosse mantida e estendida a outras redes sociais. A conta de Kamylinha Santos, de 17 anos, que aparece em vídeos de Hytalo, também foi desativada pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda, que apontou a publicidade irregular de casas de aposta por uma menor de idade.
Kamylinha começou a gravar com Hytalo ainda criança e foi adotada por ele aos 12 anos. No vídeo de denúncia de Felca, ela é citada como exemplo de “adultização” e sexualização precoce de menores.