POLÊMICA!

Justiça cita ‘compra’ de populares em frente a presídio e nega soltura a Deolane

A advogada teve novo pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco

Jean Telles
Repórter do EM OFF

A influenciadora digital Deolane Bezerra teve um novo pedido de hebeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. Em sua decisão dada na noite dessa quarta-feira (11), o desembargador Eduardo Guilliod, declarou que a advogada tem tentado usar a mobilização popular contra a investigação policial, as informações foram divulgadas pelo jornalista Ricardo Antunes

“Vejo, especialmente, como gravíssima a tentativa de mobilizar milhões de pessoas contra uma investigação policial em curso, que procura apurar condutas que podem estar na base de crimes de gigantesca monta contra o Estado e a sociedade”, disse o magistrado em trecho de sua decisão pela permanência da prisão preventiva da influencer. 

Logo em seguida, o desembargador citou a informação que circulou em veículos de imprensa sobre o suposto financiamento promovido por familiares de Deolane Bezerra na mobilização popular em frente ao presídio onde Deolane está detida: “Essa tentativa de mobilização da população contra as investigações em cursos fica ainda mais evidente quando a imprensa noticiou que familiares da paciente estão financiando as manifestações em frente ao cárcere, como se pode ler em vários sites de notícias hoje consultados”

“Lastimo que a paciente não tenha tido para com a sua filha a mesma prioridade, atenção e cuidado que a Justiça brasileira teve, mas diante da gravidade dos fatos, tenho que agiu acertadamente a MM Juíza quando decretou a prisão preventiva da paciente, medida que diante das circunstâncias fáticas acima apresentadas se mostra totalmente proporcional”, finalizou dizendo o desembargador Eduardo Guilliod. 

Vale lembrar que Deolane Bezerra foi levada para a Colonia Penal Feminina de Buíque, penitenciária que fica a 300km de Recife, na cidade de Buíque, no agreste de Pernambuco. A medida foi tomada pela justiça para conter a mobilização de populares que criavam algazarra no presídio da capital de Pernambuco onde a advogada ficou presa por cinco dias, antes de ter conseguido o benefício da prisão domiciliar.  

Cabe ressaltar que a advogada teve esse benefício de prisão domiciliar revogado menos de 24 horas após a decisão depois de ter descumprido a determinação de não se pronunciar em entrevistas ou nas redes sociais, sobre a investigação na qual é alvo.  

Assim que saiu do presídio onde estava detida há cinco dias em Recife, a advogada chamou sua prisão de criminosa e ainda acusou o delegado que conduz a investigação de “abuso de autoridade”. Em suas redes sociais, Deolane Bezerra também publicou uma foto onde aparecia amordaçada e escreveu “carta aberta”. Descumprindo assim, mais uma determinação de não se pronunciar sobre o caso na internet.