Nesta segunda-feira (19), a cantora Ludmilla deu uma entrevista polêmica para o jornal Folha de S. Paulo e relembrou os momentos em que o racismo influenciou sua carreira. O episódio mais recente ocorreu com a socialite Val Marchiori. A coluna Erlan Batos do EM OFF deu com exclusividade a vitória de Val contra Ludmilla na justiça.
“Foi muito triste, ainda mais vindo de uma pessoa que deveria estar ali protegendo os brasileiros, preservando e conservando uma luta que vem de anos. E, talvez, fazendo uma reparação que é histórica, porque o racismo estrutural é histórico“, apontou a cantora.
“Senti que a gente andou uns anos para trás, porque olha quantas pessoas se sentiram fortes depois da decisão de falar que aquilo é liberdade de expressão. Ela [Val Marchiori] comemorou em vídeos nos stories, tomou champanhe. Outras pessoas se sentem fortes para comparar nossos cabelos com Bombril“, desabafou.
Em sua apresentação no BBB21, Ludmilla usou seu espaço de fala para defender João Luiz, que teve seu cabelo comparado a uma peruca de homem das cavernas usada como castigo no reality: “Pessoas perderam empregos e oportunidades porque outras acharam que o nosso cabelo, por ser crespo, é parecido com uma coisa suja, fedida, ruim. Isso não é uma brincadeira, não é liberdade de expressão“.
Ela também falou sobre as plásticas que fez para ser aceita: “Eu era a MC Beyoncé lá atrás. Tem alguma propaganda com a MC Beyoncé? Não tem! Porque eu não era padrão. Não era aceita. Nenhuma marca queria ser representada pela MC Beyoncé. Por isso, tive que me mutilar, afinar meu nariz, porque queria ser aceita“, revelou.