Na última sexta-feira (09), o Brasil se chocou com a triste de notícia de que um avião comercial havia caído no interior de São Paulo. O voo era da companhia VoePass e transportava 58 passageiros e 4 tripulantes, todos foram vítimas fatais da queda. A aeronave do modelo ATR-72 seguia de Cascavel, no Paraná, rumo ao aeroporto de Guarulhos quando caiu em modo parafuso em Vinhedo, no interior de São Paulo.
Além do luto dos familiares, a tragédia também fez com que boa parte da população refletisse sobre os momentos finais das vítimas. Pensando nisso, o podcast Ielcast convidou o médico legista e perito geral da Polícia Técnico-Científica do Piauí, Antônio Nunes, para falar sobre os últimos minutos de vida das vítimas do voo da VoePass.
Segundo o profissional da saúde, os passageiros não sentiram dor com a queda da aeronave, já que muito provavelmente, todos perderam a consciência ainda no ar. “Quando o avião desce de uma vez, você já vai perdendo a consciência dali. Você desmaia, perde a consciência. Então assim, a chance de ter alguém acordado no final daquela queda, principalmente o piloto, é quase impossível”, iniciou ele.
“A gente não pode afirmar, porque uma coisa que a gente aprende em medicina é que ‘nem sempre, nem nunca’. [As 62 vítimas] eram para estar inconscientes, pela lógica. Não sentiram dor, o corpo protege da queda. O corpo fica largado, mas vivo. Ao chegar lá embaixo, com fraturas e traumas, aí vem a morte em si. Bateu, fratura a parte debaixo e interna, pode fraturar outras partes [também]”, explicou Antônio Nunes.