Morreu nesta quinta-feira (19/6), aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco, um dos maiores galãs da história da teledramaturgia brasileira. Ele estava internado havia cerca de 20 dias no hospital Albert Einstein, em São Paulo. A causa da morte não foi divulgada oficialmente, mas o artista enfrentava problemas de saúde relacionados à idade avançada.
Nascido em 1933, no bairro do Brás, na capital paulista, Cuoco teve uma trajetória marcada por grandes personagens na televisão. Antes da fama, trabalhou como feirante com o pai, até ingressar, nos anos 1950, na Escola de Arte Dramática (EAD), vinculada à Universidade de São Paulo (USP).
Ele estreou no teatro em 1958, ao lado de lendas como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto, na peça A Muito Curiosa História da Virtuosa Matrona de Éfeso, embora em um papel sem falas. Pouco depois, passou a atuar no teleteatro da TV Tupi e, mais tarde, entrou nas novelas.
Seu primeiro papel de destaque como galã veio em Legião dos Esquecidos, na TV Excelsior, formando par romântico com Regina Duarte. A dupla se consagraria anos depois em Selva de Pedra (1972), um dos maiores sucessos da TV Globo.
Entre os personagens mais lembrados de Cuoco estão o taxista Carlão, em Pecado Capital (1975), e o inesquecível Herculano Quintanilha, de O Astro (1977), papel que lhe rendeu aclamação nacional.
Dono de uma voz grave e presença cativante, Cuoco construiu uma carreira sólida na televisão, mas também retornou ao teatro nos anos 2000, após um longo período afastado dos palcos. Atuou em peças como Três Homens Baixos (2004), Circuncisão em Nova York (2008) e Uma Vida no Teatro (2013).
Nos últimos anos, afastado da TV, sua última aparição foi em Salve-se Quem Puder (2020). Cuoco enfrentava problemas de locomoção, respiratórios e chegou a pesar 130 kg, segundo amigos próximos.